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a transformação acontece entre quinta e sexta-feira, pela madrugada, onde a Mula sai desesperada, correndo pelos campos. Quando se cansa volta a ser mulher, mas aparece cheia de arranhões e machucados.
A mula sem cabeça é uma burrinha, de cor preta ou marrom, que em lugar da cabeça apresenta uma tocha de fogo.
Possui ferraduras de aço ou prata e relincha muito alto que se escuta a muitos metros de distância. É comum também ouvir o animal soluçar como um ser humano.
A mula costuma correr pelas matas e campos assustando pessoas e animais.
toda mulher que mantivesse ligações amorosas com um padre, seria castigada e transformada em mula sem cabeça.
Essa lenda tem um cunho moral e religioso, onde se pretendia intimidar as mulheres que procuravam manter um relacionamento com religiosos da Igreja Católica.
Segundo a narrativa, o encantamento acontecia nas noites de quinta feira, quando a mulher transformada em mula sem cabeça, lançando fogo pelo pescoço, corria em disparada pelas matas e pelos campos, despedaçando com suas patas, os animais e as pessoas que surgissem em sua frente.
Até o terceiro cantar do galo, quando o encantamento desaparecia e ela exaurida e, algumas vezes ferida retornava a sua normalidade.
para acabar de vez com o encantamento que recaia sobre a pecadora, deveria alguém arrancar os freios da mula ou furá-la com algum objeto pontiagudo, tirando-lhe sangue, mesmo que fosse uma gota.
O encantamento também poderia ser tirado pelo padre (o amante), que deveria amaldiçoá-la sete vezes antes de celebrar as missas.