(UFSJ - adaptada) É correto afirmar que os termos “impressões” e “ideias”, para David Hume, são, respectivamente, por ele definidos como
Escolha uma:
a. “o que fica impresso na memória independentemente da força: ação de criar a partir do dado sensorial”.
b. “a memória como fruto do hábito e a imaginação com base na ideia sobre os fatos ocorridos com cada indivíduo”.
c. “nossas percepções mais fortes, tais como nossas sensações, afetos e sentimentos; percepções mais fracas ou cópias daquelas na memória e imaginação”.
d. “vaga noção do sensível; raciocínio com força de lei que legitima a natureza no âmbito da razão”.
e. “aquilo que se imprime à memória e nos permite ativar a imaginação; lampejos inéditos sobre o objeto e sua natureza”.
Respostas
A resposta correta é a “c”.
Para o filósofo David Hume, nossas percepções eram de dois tipos: impressões e ideias. Apesar do uso que fazemos normalmente da palavra “percepção”, neste contexto ela significa qualquer coisa que ocorra em nossa mente, o que sentimos ou pensamos.
Assim, a divisão entre impressões e ideias seria baseada na força e na vividez dessas percepções. As mais vivas, fortes, intensas, seriam impressões. Como a imagem de um gato que está na nossa frente e que acabamos de ver, as coisas que obtemos através dos cinco sentidos, como o cheiro dele, sua aparência etc.
Já uma ideia seria a versão ou cópia dessa impressão que já não é mais tão intensa, presente em nossa mente, como seria o caso de uma lembrança do gato que vimos ou a imagem de um gato aleatório que temos em mente quando pensamos em gatos. As ideias seriam como fotografias antigas das impressões.
Nesse sentido, apenas a “c” seria correta, pois define corretamente o que seriam impressões e ideias. As alternativas “a”, “b” e “e” falam das impressões como memórias, quando na verdade memórias seriam ideias, pois elas são imagens mais fracas do que experimentamos através dos sentidos.
Já a “d” apresenta ideias como sendo raciocínios, mas Hume considerava as ideias como imagens enfraquecidas, que poderiam ser usadas em raciocínios; mas as ideias mesmo estariam no campo da imaginação, e não da razão. Além disso, impressões não seriam vagas noções do sensível, pois seriam justamente percepções fortes e vivas em nossa mente.