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A Revolução de 1930 foi um movimento político liderado pelas elites subalternas do Brasil do período para destronar os estados dominantes, São Paulo e Minas Gerais. Isso se deu com a derrubada do presidente Washington Luís e o impedimento de posse de seu sucessor eleito, Júlio Prestes.
Como parte da chamada política do café com leite, nome que era chamado o acordo entre São Paulo e Minas Gerais, era acertado que um presidente de um estado sempre seria sucedido por um do outro estado ou um de seus aliados. Quando Washingston Luís descumpriu tal acordo pouco após o início da crise econômica de 1929, as elites subalternas aproveitaram o pretexto para iniciar seu próprio projeto político, colocando eventualmente Getúlio Vargas na presidência.
Uma das razões foi a perda de prestígio e força política das oligarquias estaduais que comandavam a política conhecida como café com leite (São Paulo e Minas Gerais) durante a Primeira República. Isso ocorreu devido a disputas internas entre essas oligarquias e à crise econômica que abateu o país, principalmente o setor cafeeiro, após a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Além disso, outras oligarquias estaduais, como a rio-grandese, a fluminense e a paraibana, buscavam maior participação na política nacional.