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consciência mítica predomina em culturas de tradição oral, quando ainda
não há escrita. Mesmo após seu surgimento, a escrita reserva-se aos
privilegiados, aos sacerdotes e aos reis, e geralmente mantém o caráter
mágico: entre os antigos egípcios, por exemplo, a palavra hieróglifo
significa literalmente "sinal divino".
Na Grécia, já existia uma escrita no período micênico, mas restrita aos escribas que exerciam funções administrativas de interesse da aristocracia palaciana. Com a violenta invasão dórica, no século XII a.C, a escrita desapareceu junto com a civilização micênica, para ressurgir apenas no final do século IX ou VIII a.C, por influência dos fenícios. Em seu surgimento, a escrita assumiu função diferente, desligada da influência religiosa passou a ser utilizada para formas mais democráticas de exercício do poder. Enquanto os rituais religiosos eram cheios de fórmulas mágicas, termos fixos e inquestionados, os escritos passaram a ser divulgados em praça pública, sujeitos à discussão e à crítica. Isso não significa que a escrita se tornasse acessível a todos, muito pelo cotrário, já que a maioria da população era constituída de analfabetos. O que está em destaque é a dessacralização da escrita, ou seja, seu desligamento do sagrado. A escrita gera nova idade mental porque a postura de quem escreve é diferente daquela de quem apenas fala. Como a escrita fixa a palavra para além de quem a proferiu, exige maior rigor e clareza, o que estimula o espírito crítico. Além disso, a retomada posterior do que foi escrito_ não só por contemporâneos mas por outras gerações _ abre os horizontes do pensamento e proporciona o distanciamento do vivido e o confronto das ideias. Portanto, a escrita surge como possibilidade maior de abstração, de uma reflexão aprimorada que tenderá a modificar a própria estrutura do pensamento.
Na Grécia, já existia uma escrita no período micênico, mas restrita aos escribas que exerciam funções administrativas de interesse da aristocracia palaciana. Com a violenta invasão dórica, no século XII a.C, a escrita desapareceu junto com a civilização micênica, para ressurgir apenas no final do século IX ou VIII a.C, por influência dos fenícios. Em seu surgimento, a escrita assumiu função diferente, desligada da influência religiosa passou a ser utilizada para formas mais democráticas de exercício do poder. Enquanto os rituais religiosos eram cheios de fórmulas mágicas, termos fixos e inquestionados, os escritos passaram a ser divulgados em praça pública, sujeitos à discussão e à crítica. Isso não significa que a escrita se tornasse acessível a todos, muito pelo cotrário, já que a maioria da população era constituída de analfabetos. O que está em destaque é a dessacralização da escrita, ou seja, seu desligamento do sagrado. A escrita gera nova idade mental porque a postura de quem escreve é diferente daquela de quem apenas fala. Como a escrita fixa a palavra para além de quem a proferiu, exige maior rigor e clareza, o que estimula o espírito crítico. Além disso, a retomada posterior do que foi escrito_ não só por contemporâneos mas por outras gerações _ abre os horizontes do pensamento e proporciona o distanciamento do vivido e o confronto das ideias. Portanto, a escrita surge como possibilidade maior de abstração, de uma reflexão aprimorada que tenderá a modificar a própria estrutura do pensamento.
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A escrita gera nova idade mental porque a postura de quem escreve é diferente daquela de quem apenas fala
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