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REVOLUÇÃO CHINESA
Até meados do século XX, a China nem de longe se assemelhava ao gigante econômico que hoje representa. Abalizado em uma economia essencialmente agrícola e arcaica, o país apresentava péssimos indicadores sociais, com uma profunda concentração de riquezas nas mãos dos setores mais abastados. É precisamente contra esse estado de coisas que surgem grupos oposicionistas ao governo, inclusive alguns defensores do ideário comunista.
Com o sucesso da resistência chinesa às investidas japonesas durante a Segunda Guerra, a popularidade de Mao Tsé Tung (um dos mais importantes líderes dessa resistência) atingiu proporções nacionais. Em 1949, o jovem socialista liderou um golpe de Estado, instaurando o comunismo no país. Estava criada a República Popular da China.
As primeiras medidas instituídas por Mao seguiram o modelo soviético de socialismo, sendo praticado um amplo programa de reformas sociais, especialmente a agrária, e de nacionalização da economia. No entanto, tais ações não garantiram um recuo relevante das desigualdades, tão pouco o aumento dos níveis produtivos, fazendo com que o governo revolucionário estabelecesse um novo projeto de reformas, entitulado Grande Salto.
A despeito do nome promissor, o Grande Salto mostrou-se um fracasso. Distanciada da URSS de Kruschev, a China não contou com o suporte tecnológico normalmente ofertado por esta última a seus aliados. Somava-se a isso a paralisante burocracia governamental, determinante para a frustração do projeto.
Deste modo, seria somente ao longo da década de 60 que a experiência socialista chinesa viria a adquirir maior solidez. Neste processo, assumiu papel central a Revolução Cultural, um conjunto de medidas implementadas pela administração maoísta, que se por um lado modernizaram a economia do país, por outro aprofundaram o autoritarismo oficial.
Em tais ambiências, foram criados dois dos mais importantes instrumentos de centralização político-ideológica estabelecidos por Mao, o Livro Vermelho e a Guarda Vermelha. Ambos cumpriam um duplo propósito, o de fortalecer as estruturas governamentais e combater os opositores do regime. Torturas, exílios e prisões passaram, então, a ser cada vez mais utilizados como instrumentos de repressão contra os “inimigos da Revolução”.
Todavia, com a morte de Mao Tsé Tung e a ascensão de Deng Xiaoping à liderança do governo chinês, o socialismo desenvolvido no país passou a seguir outras diretrizes. Sob a justificativa de potencializar a produção nacional, foram incorporadas medidas econômicas de caráter liberalizante, como a permissão da entrada de capital estrangeiro no país, a expansão da iniciativa privada e a criação das chamadas Zonas Econômicas Especiais. Através das Quatro Modernizações, ganhava espaço o chamado socialismo de mercado chinês.
REVOLUÇÃO CUBANA
Nessa mesma conjuntura marcada pela lógica da Guerra Fria, chegou ao poder o primeiro governo socialista latinoamericano, justamente em um dos países até então mais vinculados ao capitalismo estadunidense. Sob a liderança de Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, Cuba assistiu no ano de 1959 à queda do ditador Fulgêncio Batista e, tempos depois, a implementação do comunismo na região.
Até meados do século XX, a China nem de longe se assemelhava ao gigante econômico que hoje representa. Abalizado em uma economia essencialmente agrícola e arcaica, o país apresentava péssimos indicadores sociais, com uma profunda concentração de riquezas nas mãos dos setores mais abastados. É precisamente contra esse estado de coisas que surgem grupos oposicionistas ao governo, inclusive alguns defensores do ideário comunista.
Com o sucesso da resistência chinesa às investidas japonesas durante a Segunda Guerra, a popularidade de Mao Tsé Tung (um dos mais importantes líderes dessa resistência) atingiu proporções nacionais. Em 1949, o jovem socialista liderou um golpe de Estado, instaurando o comunismo no país. Estava criada a República Popular da China.
As primeiras medidas instituídas por Mao seguiram o modelo soviético de socialismo, sendo praticado um amplo programa de reformas sociais, especialmente a agrária, e de nacionalização da economia. No entanto, tais ações não garantiram um recuo relevante das desigualdades, tão pouco o aumento dos níveis produtivos, fazendo com que o governo revolucionário estabelecesse um novo projeto de reformas, entitulado Grande Salto.
A despeito do nome promissor, o Grande Salto mostrou-se um fracasso. Distanciada da URSS de Kruschev, a China não contou com o suporte tecnológico normalmente ofertado por esta última a seus aliados. Somava-se a isso a paralisante burocracia governamental, determinante para a frustração do projeto.
Deste modo, seria somente ao longo da década de 60 que a experiência socialista chinesa viria a adquirir maior solidez. Neste processo, assumiu papel central a Revolução Cultural, um conjunto de medidas implementadas pela administração maoísta, que se por um lado modernizaram a economia do país, por outro aprofundaram o autoritarismo oficial.
Em tais ambiências, foram criados dois dos mais importantes instrumentos de centralização político-ideológica estabelecidos por Mao, o Livro Vermelho e a Guarda Vermelha. Ambos cumpriam um duplo propósito, o de fortalecer as estruturas governamentais e combater os opositores do regime. Torturas, exílios e prisões passaram, então, a ser cada vez mais utilizados como instrumentos de repressão contra os “inimigos da Revolução”.
Todavia, com a morte de Mao Tsé Tung e a ascensão de Deng Xiaoping à liderança do governo chinês, o socialismo desenvolvido no país passou a seguir outras diretrizes. Sob a justificativa de potencializar a produção nacional, foram incorporadas medidas econômicas de caráter liberalizante, como a permissão da entrada de capital estrangeiro no país, a expansão da iniciativa privada e a criação das chamadas Zonas Econômicas Especiais. Através das Quatro Modernizações, ganhava espaço o chamado socialismo de mercado chinês.
REVOLUÇÃO CUBANA
Nessa mesma conjuntura marcada pela lógica da Guerra Fria, chegou ao poder o primeiro governo socialista latinoamericano, justamente em um dos países até então mais vinculados ao capitalismo estadunidense. Sob a liderança de Fidel Castro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos, Cuba assistiu no ano de 1959 à queda do ditador Fulgêncio Batista e, tempos depois, a implementação do comunismo na região.
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