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O Brasil carrega uma triste marca: a de ter sido a última nação do mundo a abolir a escravidão.
Presente já na Antiguidade, o cativeiro humano é recriado, junto com o capitalismo comercial e o movimento de expansão colonial, e tem em nosso país um local de preferência. Entre a segunda metade do século XVI e o ano de 1850, data da abolição definitiva do tráfico negreiro, o número de cativos africanos importados é avaliado em 3,6 milhões de homens.
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Nosso país transforma-se em um território negro e mestiço. Entendido como peça, como coisa, o escravo perde sua origem e sua personalidade para se transformar em um servus non habent personam: um sujeito sem corpo, antepassados, nome ou bens próprios.
Esta exposição conta a história desses homens que não só lutaram por sua sobrevivência, como reinventaram sua própria existência. Dar voz a essa fala silenciada é um mistério, nem sempre fácil de ser desvendado.
De toda forma, boa viagem!
ÁFRICA: TÃO LONGE E TÃO PERTO
Aprendemos a conhecer a África por meio dos marcos da história européia. Na pré-história este continente aparece como o local onde viveram nossos primeiros antepassados; na Idade Antiga, surge como o berço da civilização egípcia. Por fim, só reaparece a partir do século XV, como um apêndice do mundo moderno europeu. A África, porém, tem uma história para contar. É por meio da tradição oral que os historiadores tentam hoje reconstruir os fragmentos da memória desse continente tão dilacerado pelo intenso tráfico de escravos e pela partilha colonial.
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Nunca saberemos ao certo quantos africanos foram arrancados de sua terra natal.
Para o Brasil vieram negros de dois grandes grupos étnicos: os bantos, predominantemente originários do Sudoeste e Sudeste africanos, e também os sudaneses, procedentes do Noroeste do continente. Da Costa da Mina partiram sobretudo os sudaneses, dentre os quais destacam-se os iorubas ou nagôs, os jejes e os fanti-achantis. Por sua vez, de São Paulo de Luanda vieram os bantos, sendo as maiores levas compostas pelos angolas, caçanjes e bengalas.
Com o acelerado despovoamento, desorganizaram-se a política e a economia das sociedades africanas. Antes da chegada dos portugueses, escravos eram prisioneiros de guerra que se incorporavam ao grupo que os capturava. Bem diversa foi a escravidão imposta pelos europeus, orientada pelo lucro.
Abre-se assim um importante setor do tráfico mercantil: o comércio de seres humanos. As proas dos navios negreiros voltam-se com toda força para o novo continente.
Mal alimentados e vitimados pelas epidemias que grassavam a bordo dos navios, os negros morriam com facilidade. Nos porões, aglomeravam-se de trezentas a quinhentas pessoas para uma viagem que leva de trinta a cinqüenta dias. Com freqüência, 10% a 20% das peças não chegavam a seu destino. O tráfico negreiro para o Brasil foi intenso até 1850, quando acabou sendo suspenso após uma longa polêmica com a Inglaterra.
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EIS UMA BOA MERCADORIA
É fácil imaginar o estado de exaustão dos cativos após uma viagem tão longa e degradante. Estava na hora de tratar do aspecto físico dos sobreviventes que seriam colocados à venda em leilão público.
.
Ai bff ó achei mais vc abrevia!!
Presente já na Antiguidade, o cativeiro humano é recriado, junto com o capitalismo comercial e o movimento de expansão colonial, e tem em nosso país um local de preferência. Entre a segunda metade do século XVI e o ano de 1850, data da abolição definitiva do tráfico negreiro, o número de cativos africanos importados é avaliado em 3,6 milhões de homens.
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Nosso país transforma-se em um território negro e mestiço. Entendido como peça, como coisa, o escravo perde sua origem e sua personalidade para se transformar em um servus non habent personam: um sujeito sem corpo, antepassados, nome ou bens próprios.
Esta exposição conta a história desses homens que não só lutaram por sua sobrevivência, como reinventaram sua própria existência. Dar voz a essa fala silenciada é um mistério, nem sempre fácil de ser desvendado.
De toda forma, boa viagem!
ÁFRICA: TÃO LONGE E TÃO PERTO
Aprendemos a conhecer a África por meio dos marcos da história européia. Na pré-história este continente aparece como o local onde viveram nossos primeiros antepassados; na Idade Antiga, surge como o berço da civilização egípcia. Por fim, só reaparece a partir do século XV, como um apêndice do mundo moderno europeu. A África, porém, tem uma história para contar. É por meio da tradição oral que os historiadores tentam hoje reconstruir os fragmentos da memória desse continente tão dilacerado pelo intenso tráfico de escravos e pela partilha colonial.
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Nunca saberemos ao certo quantos africanos foram arrancados de sua terra natal.
Para o Brasil vieram negros de dois grandes grupos étnicos: os bantos, predominantemente originários do Sudoeste e Sudeste africanos, e também os sudaneses, procedentes do Noroeste do continente. Da Costa da Mina partiram sobretudo os sudaneses, dentre os quais destacam-se os iorubas ou nagôs, os jejes e os fanti-achantis. Por sua vez, de São Paulo de Luanda vieram os bantos, sendo as maiores levas compostas pelos angolas, caçanjes e bengalas.
Com o acelerado despovoamento, desorganizaram-se a política e a economia das sociedades africanas. Antes da chegada dos portugueses, escravos eram prisioneiros de guerra que se incorporavam ao grupo que os capturava. Bem diversa foi a escravidão imposta pelos europeus, orientada pelo lucro.
Abre-se assim um importante setor do tráfico mercantil: o comércio de seres humanos. As proas dos navios negreiros voltam-se com toda força para o novo continente.
Mal alimentados e vitimados pelas epidemias que grassavam a bordo dos navios, os negros morriam com facilidade. Nos porões, aglomeravam-se de trezentas a quinhentas pessoas para uma viagem que leva de trinta a cinqüenta dias. Com freqüência, 10% a 20% das peças não chegavam a seu destino. O tráfico negreiro para o Brasil foi intenso até 1850, quando acabou sendo suspenso após uma longa polêmica com a Inglaterra.
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É fácil imaginar o estado de exaustão dos cativos após uma viagem tão longa e degradante. Estava na hora de tratar do aspecto físico dos sobreviventes que seriam colocados à venda em leilão público.
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Ai bff ó achei mais vc abrevia!!
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