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Segregação racial consiste na separação de pessoas em um mesmo espaço público de convivência por meio de leis cujo critério é a “raça”, isto é, uma concepção ideológica de raça sustentada frequentemente por teorias científicas duvidosas e preconceitos culturais. Nos Estados Unidos da América, que começaram a existir politicamente a partir de sua Independência, em 1776, a segregação racial começou a vigorar no início do século XIX, quando ainda havia escravidão – fenômeno típico dos estados da região sul desse país.
Guerra Civil e Fim da escravidão
Nos estados escravistas do sul dos EUA havia leis antimiscigenação, isto é, brancos eram proibidos por lei de se casarem com negros, ainda que libertos, ou mestiços. O estado de Indiana, em sua Constituição de 1851, proibia que negros libertos e mestiços fixassem residência em seu território. Quando os Estados Confederados dos Sul perderam a Guerra Civil para os Estados do Norte, liderados por Abraham Lincoln, em 1865, as leis de segregação intensificaram-se, visto que a escravidão – que sustentava o modelo econômico eminentemente rural do Sul – havia sido abolida dois anos antes.
Os brancos do Sul não queriam partilhar os mesmos direitos com os negros libertados e, tampouco, permitir aos negros a ascensão a altos postos políticos e jurídicos. Para desarticular as legislações racistas do Sul, a União, isto é, os Estados Unidos do Norte, precisou ocupar militarmente os estados sulistas, em um processo conhecido como Restauração – que, na verdade, consistia na reintegração do Sul com o Norte.
Formação da Ku Klux Klan e as Leis Jim Crow
No ano final da Guerra Civil (1865), foi criada a Ku Klux Klan no estado do Tennessee. A Klan (como também é chamada) era um grupo paramilitar de fanáticos que misturavam ideologia racial com religião e promoviam agressões, perseguições, assassinatos e atentados contra estabelecimentos públicos frequentados por negros, como restaurantes e templos religiosos. Os primeiros membros da Klan eram veteranos das forças confederadas, e seu primeiro líder foi o general Nathan Bedford Forrest. A Ku Klux Klan foi reprimida pelo governo da Restauração, mas voltaria depois, no início do século XX.
Em 1876, teve fim a ocupação militar nos estados no Sul. Aproveitando-se da condição federativa dos EUA, na qual cada estado da Federação era plenamente livre para elaborar suas próprias leis, os sulistas passaram a aprovar um conjunto de leis que ficou conhecido como Leis Jim Crow. O conteúdo dessas leis era completamente segregacionista e tinha como critério aquilo que o geógrafo Demétrio Magnoli, em seu livro Uma gota de sangue: história do pensamento racial, denomina de regra da “gota de sangue única”. Não era necessário que determinada pessoa fosse visivelmente negra para ser discriminada pelas leis segregacionistas. Bastava apenas que ficasse comprovado que essa pessoa tivesse algum antepassado negro.
Guerra Civil e Fim da escravidão
Nos estados escravistas do sul dos EUA havia leis antimiscigenação, isto é, brancos eram proibidos por lei de se casarem com negros, ainda que libertos, ou mestiços. O estado de Indiana, em sua Constituição de 1851, proibia que negros libertos e mestiços fixassem residência em seu território. Quando os Estados Confederados dos Sul perderam a Guerra Civil para os Estados do Norte, liderados por Abraham Lincoln, em 1865, as leis de segregação intensificaram-se, visto que a escravidão – que sustentava o modelo econômico eminentemente rural do Sul – havia sido abolida dois anos antes.
Os brancos do Sul não queriam partilhar os mesmos direitos com os negros libertados e, tampouco, permitir aos negros a ascensão a altos postos políticos e jurídicos. Para desarticular as legislações racistas do Sul, a União, isto é, os Estados Unidos do Norte, precisou ocupar militarmente os estados sulistas, em um processo conhecido como Restauração – que, na verdade, consistia na reintegração do Sul com o Norte.
Formação da Ku Klux Klan e as Leis Jim Crow
No ano final da Guerra Civil (1865), foi criada a Ku Klux Klan no estado do Tennessee. A Klan (como também é chamada) era um grupo paramilitar de fanáticos que misturavam ideologia racial com religião e promoviam agressões, perseguições, assassinatos e atentados contra estabelecimentos públicos frequentados por negros, como restaurantes e templos religiosos. Os primeiros membros da Klan eram veteranos das forças confederadas, e seu primeiro líder foi o general Nathan Bedford Forrest. A Ku Klux Klan foi reprimida pelo governo da Restauração, mas voltaria depois, no início do século XX.
Em 1876, teve fim a ocupação militar nos estados no Sul. Aproveitando-se da condição federativa dos EUA, na qual cada estado da Federação era plenamente livre para elaborar suas próprias leis, os sulistas passaram a aprovar um conjunto de leis que ficou conhecido como Leis Jim Crow. O conteúdo dessas leis era completamente segregacionista e tinha como critério aquilo que o geógrafo Demétrio Magnoli, em seu livro Uma gota de sangue: história do pensamento racial, denomina de regra da “gota de sangue única”. Não era necessário que determinada pessoa fosse visivelmente negra para ser discriminada pelas leis segregacionistas. Bastava apenas que ficasse comprovado que essa pessoa tivesse algum antepassado negro.
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