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Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Trabalha como garçonete num café, um emprego que não paga muito, mas ajuda nas despesas, e namora Patrick, um triatleta que não parece interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor, de 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de um acidente de moto, o antes ativo e esportivo Will desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Tudo parece pequeno e sem graça para ele, que sabe exatamente como dar um fim a esse sentimento. O que Will não sabe é que Lou está prestes a trazer cor a sua vida. E nenhum dos dois desconfia de que irá mudar para sempre a história um do outro. Como eu era antes acima de tudo é uma história sobre a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado. Com seu emprego de garçonete a mais de seis anos e seu estável relacionamento com um namorado que não parece ligar muito pra ela, a garota vive sua vida pacata de maneira normal e sem nenhuma outra pretensão. Ela é a perfeita definição de “Status Quo”. A vida de nossa protagonista vira de ponta cabeça quando seu chefe lhe dá a notícia: o café onde trabalha irá fechar. A garota, tão acostumada com sua vida simples, se vê desempregada e tendo que recorrer a agencia municipal de empregos, onde ela não consegue nada, pois, de acordo com a mesma, não tem experiência nem aptidão para coisa alguma. Após algumas tentativas fracassadas em novos empregos, eis que surge uma nova oportunidade: Uma família rica está a procura de alguém que cuide de um rapaz tetraplégico. O contrato é de apenas 6 meses e o salário extremamente tentador. Lou receia um pouco, pois seu avô é um senhor que necessita de cuidados especiais, que ficam a cargo de sua mãe, e ela não se sente muito segura quanto a suas obrigações. Após a entrevista com a mãe do rapaz, ela acaba por ser contratada, e descobre que essa é a parte fácil do emprego. O tetraplégico, chamado Will, é um rapaz brusco, grosseiro e antipático que deixa claro que a presença da garota é um estorvo. Obviamente após algumas situações, ambos acabam por criar um relacionamento além do profissional, criando uma parceria e amizade bem interessantes. Porém, Louisa acabar descobrindo o porque do contrato ser apenas de 6 meses, e, nesse tempo,ela cria para si, talvez pela primeira vez na vida, um objetivo: Mostrar que a vida merece ser vivida. Romance sempre foi um gênero muito capcioso para mim. Além dos clichês de “triangulo amoroso” e “Garoto encontra garota, garoto perde garota, garoto conquista garota”, que norteiam quase 100% dos livros do gênero, algo que sempre me incomodou foi o fato dos personagens, por falta de termo melhor, se “anularem” para o desenvolvimento do outro. Isso geralmente ocorre com romances do ponto de vista apenas feminino, apesar de ter uma parte da parcela masculina também apresentada dessa maneira. É sempre como se o narrador-personagem dessas estórias simplesmente estivesse ali só pra narrar sobre a pessoa amada. E, me perdoem os que gostam, mas eu prefiro estar morto a ler esse tipo de narrativa.Logo, vocês conseguem imaginar todo o preconceito que fui ao ler esse livro, que inventei de dar uma chance pois assisti o trailer do filme e fiquei curioso. E, eis a surpresa: eu gostei!
Seria bem petulante de minha parte falar que a autora subverteu o gênero romântico, e eu sinceramente não tenho o menor cacife pra alegar isso, mas posso dizer que ela foi bem feliz em diversas decisões na história, as quais eu quero compartilhar com vocês.
O primeiro deles é justamente o fato que citei: a anulação de um para o desenvolvimento do outro. Aqui temos uma justificativa deveras plausível para uma atenção maior da Louisa para com o Will, sem ser o fator “paixonite”, que se resume a: É o trabalho dela. O ganha pão dela é cuidar dele, então, sim, ela precisa estar atenta a todas as necessidades e mudanças de humor do rapaz, e ele acaba por tomar conta do pensamento dela em alguns momentos.
Porém, de maneira alguma eu consegui sentir uma anulação ali. Louisa tem a própria vida, e seus problemas. Sabemos que ela se sente menosprezada em relação a irmã genial que tornou-se mãe e acabou tendo que trancar a faculdade por isso, sabemos que seu namorado tornou-se aficionado por atividades físicas e passou a ignorar a moça e que seu pai faz piadinhas pejorativas quanto a garota, sendo que é ela que sustenta a casa praticamente sozinha. Mas, para ela, estava tudo ótimo, levemos a vida assim que está tudo certo.
Seria bem petulante de minha parte falar que a autora subverteu o gênero romântico, e eu sinceramente não tenho o menor cacife pra alegar isso, mas posso dizer que ela foi bem feliz em diversas decisões na história, as quais eu quero compartilhar com vocês.
O primeiro deles é justamente o fato que citei: a anulação de um para o desenvolvimento do outro. Aqui temos uma justificativa deveras plausível para uma atenção maior da Louisa para com o Will, sem ser o fator “paixonite”, que se resume a: É o trabalho dela. O ganha pão dela é cuidar dele, então, sim, ela precisa estar atenta a todas as necessidades e mudanças de humor do rapaz, e ele acaba por tomar conta do pensamento dela em alguns momentos.
Porém, de maneira alguma eu consegui sentir uma anulação ali. Louisa tem a própria vida, e seus problemas. Sabemos que ela se sente menosprezada em relação a irmã genial que tornou-se mãe e acabou tendo que trancar a faculdade por isso, sabemos que seu namorado tornou-se aficionado por atividades físicas e passou a ignorar a moça e que seu pai faz piadinhas pejorativas quanto a garota, sendo que é ela que sustenta a casa praticamente sozinha. Mas, para ela, estava tudo ótimo, levemos a vida assim que está tudo certo.
Karla0531:
Outra coisa bacana no livro é a mudança de foco em alguns capítulos. Em determinados capítulos da história, saímos do ponto de vista da Louisa e vamos parar em algum personagem secundário cada um tendo um capítulo de ponto de vista.
Passamos mais da metade do livro vendo o desenvolvimento desses personagens, que saíram de suas zonas de conforto e tiveram que aprender a lidar com suas vidas de a partir de um novo ângulo, um apoiando o outro a sua maneira.
O final do livro já era esperado por mim, mas não menos impactante. Assim como muitos eu chorei, não nego. Era difícil ser ago fora do que foi exposto, mas é bonito ver como foi o desenrolar da história.
Mas desconsiderem o romance, sério, não acrescenta nada...
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