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Tempos difíceis, motivos da imigração foi o desemprego, fome e miséria e a falta de terras para plantar, devido a guerra pela unificação do estado italiano a maioria dos imigrantes vieram da região do Veneto que fica no Nordeste da Itália. A imigração não era só estimulada pelo governo italiano, mas uma solução de sobrevivência para as famílias assim é possível entender a saída de cerca de 7 milhões de italianos no período compreendido entre 1860 e 1920, os italianos partiram para uma viajem sem saber certo para onde iriam ficar a situação era tão caótica que a busca do novo mundo era a única saída.
VIAJEM PARA A AMÉRICA: os navios a vapor partiam da Itália para o brasil carregando milhares de imigrantes que se amontoavam na terceira classe, para muitos a viajem há américa se tornou uma desgraça, epidemias dizimavam os imigrantes e as vezes famílias inteiras.
A COLONIZAÇÃO NO SUL DO BRASIL: Em 1875 o governo imperial decidiu continuar no sul a colonização, provavelmente de terras devolutas, foram criados as colônias Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias e Silveira Martins, chamada inicialmente de citta nuova fundada em 1876. O alojamento de Val de Buia era o local onde alojavam os imigrantes até que fossem divididos e entregue os lotes de terras, os imigrantes ficavam amontoados em galpões, passando fome, sede e frio, na pura miséria, esperando a distribuição das terras, que levaram até 4 meses, as terras que recebiam eram regiões totalmente inabitadas, acidentadas, sem sequer estradas, muitas vezes tinham que fazer piques para chegar até o local. Não havia médicos, remédios, estradas, eram privados de todos os recursos possíveis, muitos ficavam deprimidos, se arrependiam da vinda para a américa. No município de Silveira Martins, localidade de Val de Buia, onde foram enterrados inúmeros imigrantes, mortos pela miséria, fome e pestes, existe hoje uma placa com os seguintes dizeres: para a história, a morte de alguns homens pouco ou quase nada significa, como há histórias, histórias de histórias, estes homens de número indefinido adquiriram hoje significado para muitos, estes imigrantes que a nossa história conta que aqui, neste loca foram enterrados em 1877, mortos pelas pestes da miséria e o abandono, deram os primeiros passos no doloroso processo de ocupação e desenvolvimento da região centro-oeste do nosso estado, a estes imigrantes esquecidos, que a nossa débil memória transformou em anônimos a homenagem dos descendentes da quarta colônia italiana no rio grande do sul.
INICIO DO TRABALHO NA AMÉRICA: os imigrantes traziam seus caixotes com o pouco que possuíam para seu lote de terras, construíam derripas, pequenos galpões como moradia, somente após alguns meses, conseguiam construir suas casas, sobreviviam comendo frutas silvestres e da caça de animais, quando recebiam o lote, ganhavam um machado, uma foice, um facão e uma inchada, sementes de feijão, milho, batata e trigo, O chefe da família recebia o valor de 80mil reis para construir sua casa, sem luz elétrica, sem estradas, sem médicos, sem transportes, rádio, totalmente isolados na floresta. O trabalho era realizado por toda a família e quase sempre não sobrava tempo para o lazer nem para a educação, o trabalho era de manhã a noite, limpando área para lavoura para plantar e colher seus primeiros frutos.
Os italianos ignoravam os costumes dos brasileiros, agrupavam em pequenas comunidades onde formaram vilas e após se tornarem cidades, os imigrantes falavam a língua materna, usando o dialeto talian, que tem sua origem no Norte da Itália.
A religião dos italianos destacava-se cantos, cerimônias e imagens de santos. Dessa forma, os imigrantes italianos procuravam se agrupar nas práticas religiosas erguendo capelas, onde se encontravam para rezar, conviver e rememorar seus costumes, crenças e relembrar a cultura da Itália. Os imigrantes tinham apenas o habito de trabalhar e rezar muito, esses valores provindos desde suas origens deram o rumo da vitória na nova terra da américa.