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Os problemas agrários mudaram sua origem. Se, antes, eles advinham do sistema latifundiário, da falta de produção, agora eles advêm preponderantemente da própria produção capitalista que se instalou no campo.
O que temos agora, portanto, são as deformações do capitalismo, na forma concreta como ele se expande no campo, oprimindo os pequenos produtores e marginalizando parte dos trabalhadores rurais, submetendo-os à lógica do mercado e da lucratividade.
No rastro da industrialização, a agricultura brasileira praticamente dobrou sua produção anual de grãos em 20 anos, graças principalmente ao aumento na produtividade das culturas. É um resultado fantástico. Mesmo na década de 80, reconhecidamente anos de crise econômica, a taxa anual de crescimento do setor agrícola, segundo o IBGE, foi de 3,4%, contra 1,7% do setor industrial; entre 1990 e 1994, o setor industrial empacou, enquanto a agricultura cresceu 2,2% ao ano.
Esse desempenho favorável, entretanto, deixou seu lado negativo. A modernização tecnológica da agricultura provocou problemas ecológicos, como a devastação das florestas, a erosão dos solos e a contaminação do homem e dos ecossistemas pelos agrotóxicos. Novas preocupações se juntaram a antigas pendências, como o êxodo rural e a marginalidade dos pequenos produtores rurais.
Cresceu a produção agropecuária mas, regra geral, não melhorou a vida dos homens que trabalham no campo. Formaram-se algumas vezes "ilhas" de pobreza em meio aos modernos campos tratorizados. Os mais fracos, incluindo a natureza, desprotegidos das políticas governamentais, pagaram o preço da modernização agropecuária.
O que temos agora, portanto, são as deformações do capitalismo, na forma concreta como ele se expande no campo, oprimindo os pequenos produtores e marginalizando parte dos trabalhadores rurais, submetendo-os à lógica do mercado e da lucratividade.
No rastro da industrialização, a agricultura brasileira praticamente dobrou sua produção anual de grãos em 20 anos, graças principalmente ao aumento na produtividade das culturas. É um resultado fantástico. Mesmo na década de 80, reconhecidamente anos de crise econômica, a taxa anual de crescimento do setor agrícola, segundo o IBGE, foi de 3,4%, contra 1,7% do setor industrial; entre 1990 e 1994, o setor industrial empacou, enquanto a agricultura cresceu 2,2% ao ano.
Esse desempenho favorável, entretanto, deixou seu lado negativo. A modernização tecnológica da agricultura provocou problemas ecológicos, como a devastação das florestas, a erosão dos solos e a contaminação do homem e dos ecossistemas pelos agrotóxicos. Novas preocupações se juntaram a antigas pendências, como o êxodo rural e a marginalidade dos pequenos produtores rurais.
Cresceu a produção agropecuária mas, regra geral, não melhorou a vida dos homens que trabalham no campo. Formaram-se algumas vezes "ilhas" de pobreza em meio aos modernos campos tratorizados. Os mais fracos, incluindo a natureza, desprotegidos das políticas governamentais, pagaram o preço da modernização agropecuária.
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