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Florença e Brígida Vaz são respectivamente a amante do Frade e a Alcoviteira, ou seja, cafetina.
Podemos ressaltar que a peça Auto da Barca do Inferno é classificada como auto de moralidade, porque a intenção do autor com a sátira social é moralizante, didática, sendo uma representação satírica do juízo final católico.
Boa noite! O "Auto da Barca do Inferno" ou "Auto da Moralidade", obra de 1517 do escritor humanista português Gil Vicente, é uma das peças mais importantes da dramaturgia portuguesa. "Autos" são peças teatrais de caráter religioso, geralmente apresentando um único ato e de conteúdo cômico ou satírico.
Nessa peça, diversos personagens passam por uma espécie de porto, que leva aos destinos finais dos mortos através de dois barcos: um para o paraíso católico, o outro para o inferno.
Dentre os personagens, Brísida Vaz, uma alcoviteira (hospedeira de prostitutas) e feiticeira; ela é enviada ao inferno por enganar 600 homens com promessas de "prostitutas virgens" (além do pecado da prostituição em si).
Florença é uma moça, que chega ao porto junto de um frade. Apesar da profissão religiosa, os dois são enviados pelo diabo ao barco que ruma ao inferno, pois Florença era na verdade amante do frade.