onde surgiu o renascimento e qual a importancia dos mecenas para seu desenvolvimento? me ajudeeem por favor!
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Humanismo, renascimento e revolução científica
Por Ulisses Martins
Pós-graduado em História do Brasil pela Universidade Cândido Mendes
HUMANISMO
No final da Idade Média a estrutura feudal, desgastada, começou a dar lugar a uma nova ordem social, econômica, política e cultural. Todas essas transformações trouxeram mudanças no modo de pensar de muitas pessoas, principalmente as mais ricas que residiam nas grandes cidades. Nesse contexto desenvolveram-se movimentos de caráter intelectual, científico e artístico, veremos três deles a seguir.
Humanismo
O humanismo foi um movimento artístico e intelectual surgido na Itália no século XIV e que valorizou a Antiguidade Clássica. Para os humanistas o homem era a medida de todas as coisas e estava no centro do universo (antropocentrismo). Assim, consideravam o homem não só uma criatura espectadora da obra de Deus, mas, dotado de razão, era autor de grandes realizações. Essa visão contrariava a Igreja que via o homem marcado pelo pecado e dependente da fé para a salvação da alma. Entretanto, os humanistas buscavam o equilíbrio entre os autores pagãos da Antiguidade e os ensinamentos cristãos da Bíblia.
Inspirados pelos humanistas, artistas italianos iniciaram um movimento cultural conhecido como Renascimento. O grande interesse dos renascentistas era recuperar elementos da cultura greco-romana para os seus dias.
RENASCIMENTO
O Renascimento teve seu início na Itália, pois lá se encontrava uma série de condições favoráveis, como: a ação mecenas (pessoas com boas condições financeiras que patrocinavam os artistas); a presença de vários intelectuais bizantinos que fugiram para a Itália após a queda de Constantinopla em 1453; inúmeros elementos preservados da Antiguidade; o acúmulo de riquezas de algumas cidades que foi utilizado nas artes.
Com o Renascimento houve também um aumento na qualidade e quantidade das obras produzidas, contribuíram para essa expansão o desenvolvimento da imprensa por Johann Gutenberg e a ação dos mecenas. Mas, mesmo com o grande número de obras produzidas, o Renascimento apresentou características comuns como a diversificação dos temas das obras (antes monopolizados pela Igreja) e o desenvolvimento de novas técnicas como a pintura a óleo e a perspectiva, que permitia a percepção de volume e profundidade. Destacaram-se artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Shakespeare, Luís de Camões, Miguel de Cervantes, entre outros.
REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
O humanismo e o renascimento também influenciaram as mentes de cientistas e pesquisadores da época, dando início ao chamado Renascimento Científico. Este movimento surgiu para questionar as conclusões prontas, desenvolvidas por sábios da Antiguidade e absorvidas por teólogos cristãos. Os novos cientistas, valorizando a razão, apresentavam uma atitude crítica que os fazia observar os fenômenos naturais, realizar experiências, formular hipóteses e buscar sua comprovação. Claro que essa nova mentalidade científica enfrentou resistências principalmente da Igreja, presa às tradições medievais.
Alguns eventos merecem destaque, como o trabalho de Miguel de Servet, médico e teólogo espanhol que descobriu o funcionamento da circulação sanguínea dissecando cadáveres. Mas essa prática foi condenada pelos cristãos e Servet acabou morto na fogueira, na Suíça, pelo governo de Calvino. Nicolau Copérnico, sacerdote católico e astrônomo, desenvolveu uma das mais importantes teorias científicas da sua época, o heliocentrismo (diz que a Terra e os demais planetas se movimentam ao redor do Sol), que se contrapôs à teoria geocêntrica (afirmava que o Sol e os planetas se movimentavam ao redor da Terra). Despertou severas críticas, principalmente de religiosos.
Vários cientistas foram igualmente importantes como Galileu Galilei, astrônomo italiano que aprofundou os estudos de Copérnico; Johannes Kepler, discorrendo sobre os eclipses lunar e solar; Francis Bacon, criador do “método científico”; René Descartes, “pai do racionalismo”; Isaac Newton, “pai da física e da mecânica modernas”.
O humanismo, o renascimento e a revolução científica do século XVII mudaram o mundo para sempre, desenvolvendo uma nova mentalidade, crítica, racional e ativa diante da passividade e tradicionalismo remanescentes do medievalismo. A partir desse momento, as transformações no mundo começariam a se acelerar e as estruturas político-sociais a sofrer forte abalo.
Por Ulisses Martins
Pós-graduado em História do Brasil pela Universidade Cândido Mendes
HUMANISMO
No final da Idade Média a estrutura feudal, desgastada, começou a dar lugar a uma nova ordem social, econômica, política e cultural. Todas essas transformações trouxeram mudanças no modo de pensar de muitas pessoas, principalmente as mais ricas que residiam nas grandes cidades. Nesse contexto desenvolveram-se movimentos de caráter intelectual, científico e artístico, veremos três deles a seguir.
Humanismo
O humanismo foi um movimento artístico e intelectual surgido na Itália no século XIV e que valorizou a Antiguidade Clássica. Para os humanistas o homem era a medida de todas as coisas e estava no centro do universo (antropocentrismo). Assim, consideravam o homem não só uma criatura espectadora da obra de Deus, mas, dotado de razão, era autor de grandes realizações. Essa visão contrariava a Igreja que via o homem marcado pelo pecado e dependente da fé para a salvação da alma. Entretanto, os humanistas buscavam o equilíbrio entre os autores pagãos da Antiguidade e os ensinamentos cristãos da Bíblia.
Inspirados pelos humanistas, artistas italianos iniciaram um movimento cultural conhecido como Renascimento. O grande interesse dos renascentistas era recuperar elementos da cultura greco-romana para os seus dias.
RENASCIMENTO
O Renascimento teve seu início na Itália, pois lá se encontrava uma série de condições favoráveis, como: a ação mecenas (pessoas com boas condições financeiras que patrocinavam os artistas); a presença de vários intelectuais bizantinos que fugiram para a Itália após a queda de Constantinopla em 1453; inúmeros elementos preservados da Antiguidade; o acúmulo de riquezas de algumas cidades que foi utilizado nas artes.
Com o Renascimento houve também um aumento na qualidade e quantidade das obras produzidas, contribuíram para essa expansão o desenvolvimento da imprensa por Johann Gutenberg e a ação dos mecenas. Mas, mesmo com o grande número de obras produzidas, o Renascimento apresentou características comuns como a diversificação dos temas das obras (antes monopolizados pela Igreja) e o desenvolvimento de novas técnicas como a pintura a óleo e a perspectiva, que permitia a percepção de volume e profundidade. Destacaram-se artistas como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Shakespeare, Luís de Camões, Miguel de Cervantes, entre outros.
REVOLUÇÃO CIENTÍFICA
O humanismo e o renascimento também influenciaram as mentes de cientistas e pesquisadores da época, dando início ao chamado Renascimento Científico. Este movimento surgiu para questionar as conclusões prontas, desenvolvidas por sábios da Antiguidade e absorvidas por teólogos cristãos. Os novos cientistas, valorizando a razão, apresentavam uma atitude crítica que os fazia observar os fenômenos naturais, realizar experiências, formular hipóteses e buscar sua comprovação. Claro que essa nova mentalidade científica enfrentou resistências principalmente da Igreja, presa às tradições medievais.
Alguns eventos merecem destaque, como o trabalho de Miguel de Servet, médico e teólogo espanhol que descobriu o funcionamento da circulação sanguínea dissecando cadáveres. Mas essa prática foi condenada pelos cristãos e Servet acabou morto na fogueira, na Suíça, pelo governo de Calvino. Nicolau Copérnico, sacerdote católico e astrônomo, desenvolveu uma das mais importantes teorias científicas da sua época, o heliocentrismo (diz que a Terra e os demais planetas se movimentam ao redor do Sol), que se contrapôs à teoria geocêntrica (afirmava que o Sol e os planetas se movimentavam ao redor da Terra). Despertou severas críticas, principalmente de religiosos.
Vários cientistas foram igualmente importantes como Galileu Galilei, astrônomo italiano que aprofundou os estudos de Copérnico; Johannes Kepler, discorrendo sobre os eclipses lunar e solar; Francis Bacon, criador do “método científico”; René Descartes, “pai do racionalismo”; Isaac Newton, “pai da física e da mecânica modernas”.
O humanismo, o renascimento e a revolução científica do século XVII mudaram o mundo para sempre, desenvolvendo uma nova mentalidade, crítica, racional e ativa diante da passividade e tradicionalismo remanescentes do medievalismo. A partir desse momento, as transformações no mundo começariam a se acelerar e as estruturas político-sociais a sofrer forte abalo.
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