Respostas
A população centro-americana divide-se de forma equilibrada entre as duas partes do território, sendo que aproximadamente metade das pessoas encontra-se habitando cada uma delas.
Os países independentes situados na porção continental (como Guatemala e Nicarágua) passaram por uma colonização majoritariamente espanhola, o que definiu características em comum predominantes para a população a partir da cultura hispano-americana, como a religião católica e a língua espanhola– embora haja também línguas indígenas muito populares, como maio-zoque e misquito-matagalpa. O processo de colonização contribuiu também para a grande miscigenação ocorrida nesses países. Numa generalização da composição étnica, compreende-se que habitam a região descendentes dos povos ameríndios (astecas, maias, chibchas, entre outros), mestiços (miscigenação de índios com brancos), brancos de origem principalmente hispânica, e negros.
A parte insular, por sua vez, divide-se em grandes Antilhas e pequenas Antilhas e foi colonizada por franceses, ingleses, espanhóis e holandeses. As grandes Antilhas são as maiores ilhas do Caribe e fazem parte os países: Cuba, República Dominicana, Jamaica e Haiti. As pequenas Antilhas são diversas ilhas menores, no mar do Caribe, que constituem pequenos países e territórios ultramarinos, como: Barbados, Granada, Trinidad e Tobago, entre muitos outros – sendo alguns territórios dependentes de outros países. Em função da corrida colonialista ocorrida na região, ocorre uma grande diversidade de traços culturais e humanos. Nessa região a presença de população negra é mais marcante, devido ao passado de intensa utilização de mão de obra escrava nesses países. Complementam a composição da população, de modo geral, mestiços (que são a maioria), brancos de origens variadas e os indígenas (em baixo número). Os idiomas nesses países são diversificados, conforme ocorreu a colonização. Fala-se principalmente o espanhol, o francês, o inglês, o holandês, o crioulo haitiano e muitas outras. Como em toda a América Central, predomina nas ilhas a população católica, seguida pela protestante.
A economia da América Central sofre ainda com a herança colonial, mantendo ainda a atividade primária como principal motor econômico. A agricultura e o extrativismo são os principais responsáveis por empregar a maior parte da mão de obra.
Originadas no passado colonial de exploração, as estruturas de dominação interna e externa ainda sobrevivem em todo o subcontinente, caracterizando o subdesenvolvimento. A desigualdade social é marcante e priva grande parte da população de serviços e necessidades básicas para obter melhores condições de vida. O Haiti, por exemplo, está entre os países com os piores indicadores econômicos e sociais do mundo, com uma expectativa de vida inferior a 50 anos de idade, mortalidade infantil de cerca de 63,2 por mil nascimentos e 80% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza. Em termos de índices de desenvolvimento humano, Cuba é o país que se destaca na América Central, com as mais baixas taxas de natalidade (1,5%) e de mortalidade infantil (7 por mil nascimentos) do subcontinente, além da elevada expectativa de vida (76,7 anos). Cuba também é o segundo país de maior população (11.300.000 habitantes). O primeiro é Guatemala, com 14 647.083 habitantes. Os países mais urbanizados da América Central são Bahamas (89%) e Trinidad e Tobago (74%). Já os menos urbanizados são São Cristovão e Névis (34%) e Haiti (36%).