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A escravidão foi praticada desde os primordios da humanidade por diversos povos, nas mais distintas regiões do mundo.
Os primeiros escravos foram prisioneiros de guerra e endividados, mais à frente destacou se o dominio sobre os negros e com a descoberta da América, aproximadamente 14 milhões de africanos foram transportados para este continente, dos quais 3.700.000 trazidos para a colonia brasileira.
Em Mato Grosso houve escravidão de indios e negros, predominantemente, de africanos.Os indígenas foram usados,minimamente,nas minas cuiabanas(Forquilha, Lavras do Sutil . . .) e principalmente,eram levados para São Paulo, onde eram vendidos como escravos.
Os escravos negros que chegaram inicialmenta à nossa região foram trazidos pelos bandeirantes paulistas em suas expedições de reconhecimento e procura de indios,ouro e prata, no inicio do século XVIII.
Com a gigantesca descoberta de ouro por aqui (estima se em 150 toneladas) Cuiabá tornou se na década de 1720, no maior núcleo populacional do Brasil (chegou a ter mais população que Salvador, capital do Brasil à época) e atraiu gente de todos os cantos da colonia e até de Portugal. Para atender essa enorme demanda por mão de obra , optou se pela vinda de escravos negros para Mato Grosso.
Os escravos africanos que chegaram em MT vinham ,principalmente, de Angola e Guiné e entravam no Brasil através do Rio de Janeiro, Bahia e Pará. Os negros eram vendidos em MT pelas "monções", que eram expedições fluviais comerciais e a partir de 1755, a Cia. de Comercio do Grão-Pará e Maranhão monopolizou esse comercio.Os negros trabalharam em quase todas as áreas, como na mineração,nos engenhos,nas lavouras, no comercio,nas residências,na condução de tropas,na pecuaria,no transporte de água e lixo etc.
As marcas do tratamento dado aos negros eram a discriminação total e a violência física, que culminava, muitas vezes, em morte dos escravos. Muitos negros reagiram,de diferentes formas, desde o suicidio até o assassinato dos seus "senhores" , mas a forma mais comum era a criação dos "Quilombos", que eram refugios distantes,seguros e onde se reencontravam com seus irmãos de sofrimento, para seguir uma nova vida.
Em Mato Grosso existiram muitos "Quilombos", em especial nas regiões de Cuiabá,Chapada,Cáceres,Diamantino e Vila Bela. O mais importante foi o "Quilombo do Piolho ou do Quariterê", localizado no Guaporé e criado pelo escravo José Piolho, por volta de 1760.
Com a morte de José Piolho, aconteceu algo inédito e impressionante: uma mulher assumiu o comando do "Quilombo do Piolho - Quariterê", a primeira na historia do Brasil. Teresa de Benguela, a nova Rainha do "Quilombo", governou distribuindo tarefas entre homens e mulheres e foi auxiliada por um Conselho, que reunia se frequentemente.
Entre 1770/1771 o Quilombo foi localizado por forças policiais, financiadas pela Câmara municipal de Vila Bela e fazendeiros e foi completamente destruido,sendo aprisionadas aproximadamente 110 pessoas, dentre elas, a Rainha Teresa de Benguela, que acabou morrendo.A causa da morte da Rainha é uma incógnita para os pesquisadores, que sugerem de suicidio, passando por depressão, até assassinato.
A Rainha Teresa e seu Quilombo foram homenageados pelo carnavalesco Joaõzinho Trinta na Marquês de Sapucai ,Rio de Janeiro,em 1994, pela escola de samba Viradouro.
Assim como no Brasil, os negros e os indios deram enormes contribuições para formação da gente mato-grossense.
Os primeiros escravos foram prisioneiros de guerra e endividados, mais à frente destacou se o dominio sobre os negros e com a descoberta da América, aproximadamente 14 milhões de africanos foram transportados para este continente, dos quais 3.700.000 trazidos para a colonia brasileira.
Em Mato Grosso houve escravidão de indios e negros, predominantemente, de africanos.Os indígenas foram usados,minimamente,nas minas cuiabanas(Forquilha, Lavras do Sutil . . .) e principalmente,eram levados para São Paulo, onde eram vendidos como escravos.
Os escravos negros que chegaram inicialmenta à nossa região foram trazidos pelos bandeirantes paulistas em suas expedições de reconhecimento e procura de indios,ouro e prata, no inicio do século XVIII.
Com a gigantesca descoberta de ouro por aqui (estima se em 150 toneladas) Cuiabá tornou se na década de 1720, no maior núcleo populacional do Brasil (chegou a ter mais população que Salvador, capital do Brasil à época) e atraiu gente de todos os cantos da colonia e até de Portugal. Para atender essa enorme demanda por mão de obra , optou se pela vinda de escravos negros para Mato Grosso.
Os escravos africanos que chegaram em MT vinham ,principalmente, de Angola e Guiné e entravam no Brasil através do Rio de Janeiro, Bahia e Pará. Os negros eram vendidos em MT pelas "monções", que eram expedições fluviais comerciais e a partir de 1755, a Cia. de Comercio do Grão-Pará e Maranhão monopolizou esse comercio.Os negros trabalharam em quase todas as áreas, como na mineração,nos engenhos,nas lavouras, no comercio,nas residências,na condução de tropas,na pecuaria,no transporte de água e lixo etc.
As marcas do tratamento dado aos negros eram a discriminação total e a violência física, que culminava, muitas vezes, em morte dos escravos. Muitos negros reagiram,de diferentes formas, desde o suicidio até o assassinato dos seus "senhores" , mas a forma mais comum era a criação dos "Quilombos", que eram refugios distantes,seguros e onde se reencontravam com seus irmãos de sofrimento, para seguir uma nova vida.
Em Mato Grosso existiram muitos "Quilombos", em especial nas regiões de Cuiabá,Chapada,Cáceres,Diamantino e Vila Bela. O mais importante foi o "Quilombo do Piolho ou do Quariterê", localizado no Guaporé e criado pelo escravo José Piolho, por volta de 1760.
Com a morte de José Piolho, aconteceu algo inédito e impressionante: uma mulher assumiu o comando do "Quilombo do Piolho - Quariterê", a primeira na historia do Brasil. Teresa de Benguela, a nova Rainha do "Quilombo", governou distribuindo tarefas entre homens e mulheres e foi auxiliada por um Conselho, que reunia se frequentemente.
Entre 1770/1771 o Quilombo foi localizado por forças policiais, financiadas pela Câmara municipal de Vila Bela e fazendeiros e foi completamente destruido,sendo aprisionadas aproximadamente 110 pessoas, dentre elas, a Rainha Teresa de Benguela, que acabou morrendo.A causa da morte da Rainha é uma incógnita para os pesquisadores, que sugerem de suicidio, passando por depressão, até assassinato.
A Rainha Teresa e seu Quilombo foram homenageados pelo carnavalesco Joaõzinho Trinta na Marquês de Sapucai ,Rio de Janeiro,em 1994, pela escola de samba Viradouro.
Assim como no Brasil, os negros e os indios deram enormes contribuições para formação da gente mato-grossense.
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