Respostas
Modo de produção, periodização, estágios de desenvolvimento histórico, crises e muitos mais conceitos utilizados pela Economia Política tornaram-se categorias esquecidas, e seu lugar foi sendo ocupado por pseudo-conceitos. G é uma figura (ou pseudo-conceito) criada pela retórica neoliberal para apresentar como tendência (ineluctável) as propostas do neoliberalismo em resposta à crise atual do capitalismo estruturadas em torno dos pilares da privatização, do desmonte do Estado de Bem Estar e a desqualificação do Estado e do próprio âmbito coletivo em prol do âmbito individual.
É um neologismo que participa do ideário neoliberal, de cunho a-histórico, que procura substituir expressões como mercado mundial, imperialismo ou capitalismo contemporâneo que remetem a uma visão histórica do capitalismo e de seus estágios de desenvolvimento.
No campo do urbanismo, G encontra uma multidão de formas 'aplicadas' de larga divulgação (Castells, Sassen) e 'conceitos' derivados, tais como, networkcities, 'cidades globais', 'planejamento estratégico', operações urbanas, 'novos atores', 'novas centralidades (sic)' ou 'edifícios inteligentes'.
No Brasil, adicionalmente, o termo G abarca a exacerbação de medidas de cunho entreguista, ou desnacionalizante, precípuas da condução das políticas econômicas próprias à acumulação entravada.