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A Era Vargas, ou Período Getulista, como também ficou conhecida, teve início com a Revolução de 1930, que deu fim à República dos Oligarcas, afastando o então presidente Washington Luís e uma série de governadores do poder. Essa era teve seu fim em 1945, quando terminou a Segunda Guerra Mundial e Vargas foi pressionado pelos militares a deixar o cargo e retirar-se para o Rio Grande do Sul, sua terra natal. Esse arco temporal pode ser dividido em três fases: o Governo Provisório, o Governo Constitucional e o Governo Ditatorial (ou Estado Novo).
Nas fases dos Governos Provisório e Constitucional, uma série de eventos decisivos ocorreu, mudando radicalmente a estrutura do poder republicano, além de promover transformações econômicas de grande lastro também. Tudo começou com a já mencionada Revolução de 1930, que empossou Vargas no poder. As primeiras medidas tomadas tinham em vista o desmantelamento do “mandonismo” regional e da polaridade política em estados como Minas Gerais e São Paulo. Uma dessas medidas consistia no envio de interventores para certos estados, que ocuparam o lugar dos respectivos governadores.
Passados dois anos do exercício da política de intervenção, houve uma reação liderada por um dos estados mais poderosos da nação, São Paulo. A reação tinha com motivo principal a não convocação de uma constituinte para a elaboração de uma nova Carta Constitucional (a última era de 1891). O impasse resultou em guerra e ficou conhecido como Revolução Constitucionalista de 1932.
Passada a guerra de 1932, finalmente, em 1934, uma Constituição foi elaborada e teve início o período do Governo Constitucional, que durou até 1937. Nesse espaço de tempo, Vargas teve de enfrentar outras formas de organização política, sobretudo o comunismo e o integralismo. A chamada Intentona Comunista, inclusive, foi um dos eventos usados como justificativa para o golpe que foi dado em 1937, por meio do qual foi instituído o Estado Novo.
Com o Estado Novo, Vargas limitou as liberdades individuais, poder que o exército lhe conferiu em virtude de sua capacidade administrativa e de sua habilidade de condução populista da massa de trabalhadores. A criação da CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, foi um dos feitos desse período. A estrutura simbólica da ditadura varguista emulava muitas características do fascismo italiano e do nazismo alemão. Durante essa fase, Vargas, inclusive, esteve muito próximo a esses dois. Além disso, do ponto de vista econômico, uma das medidas mais importantes foi o desenvolvimento das indústrias de base, como a metalurgia, a siderurgia e a extração de petróleo.
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