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1. Os primeiros sintomas são iguais aos de uma gripe
Logo que ocorre a infecção pelo vírus da aids, o sistema imunológico começa a ser atacado. Segundo o Ministério da Saúde, nessa primeira fase, conhecida como infecção aguda, ocorre a incubação do HIV - denominação para o período de exposição do vírus até que surjam os primeiros sinais da doença.
Normalmente, isso ocorre entre três e seis semanas depois de alguma prática de risco, quando o infectado apresenta sintomas parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, em muitos casos, o início da doença passa despercebido.
2. Não é possível eliminar o vírus do corpo humano
Mesmo com os avanços tecnológicos, ainda não existe cura para o vírus HIV, causador da aids. Ainda assim, os tratamentos utilizados podem garantir aos soropositivos uma vida normal. Por isso, após receber o diagnóstico de infecção por HIV, o portador deve procurar atendimento médico. Quando o especialista achar necessário, o paciente deve começar a tomar os remédios corretamente, no mesmo horário - mesmo que surjam efeitos colaterais. Após o início do tratamento com medicamentos antirretrovirais, alguns soropositivos podem precisar trocar as combinações de medicamentos, chamadas de coquetel.Segundo o Ministério da Saúde, existem fatores que podem interferir no tratamento, como intolerância, má adesão, uso prévio de combinações inadequadas e resistência primária do HIV. Nesses casos, o paciente deve ser submetido a um teste de genotipagem, que indica os medicamentos aos quais a pessoa ficou resistente.
3. Quem tem HIV não necessariamente tem aids
Há casos em que o portador do vírus HIV não pode ser considerado um paciente com aids. O HIV é a porta de entrada para a doença, pois prejudica o sistema imunológico. De acordo com psicólogo e coordenador do polo de prevenção de DST/Aids da Universidade de Brasília (UnB), Mário Ângelo Silva, a doença é caracterizada pelo desenvolvimento de doenças oportunistas, que se aproveitem da fraqueza do sistema imunológico para atacar o organismo do paciente.
"Uma pessoa pode passar 15 anos sem precisar recorrer ao tratamento, porque, mesmo que seja portadora do vírus HIV, não desenvolveu uma doença oportunista e, por isso, não tem Aids", explica. Silva afirma que começar o tratamento varia de acordo com o paciente, e que essa deve ser uma decisão do médico, que se baseia em exames clínicos e imunológicos para iniciar ou não a administração de medicamentos.
4. Aids é um estado, não uma condição permanente
Segundo o psicólogo da Universidade de Brasília (UnB), Mário Ângelo Silva, do ponto de vista médico, uma pessoa só é considerada aidética no momento em que desenvolve uma doença oportunista ou, então, quando os exames apontam fraqueza em seu sistema imunológico. "Ao ser curada, ela deixa de ser um paciente com aids e volta à condição de portadora de HIV", diz.No entanto, essa convenção não vale para os dados divulgados a respeito da doença: para o Ministério da Saúde, a primeira incidência de doença oportunista já eleva o paciente à categoria de aidético - e ele passa a fazer parte dos números divulgados pelo órgão.
5. Não há grupo de risco
O Ministério da Saúde já não considera a existência de grupos de risco. Essa diferenciação era usada no começo da epidemia, pelo fato de a aids atingir principalmente homens homossexuais, usuários de drogas injetáveis e hemofílicos. Na época, esses eram considerados os grupos de risco. Atualmente, a definição "comportamento de risco" é mais apropriada, já que, segundo o ministério, o vírus deixou de se concentrar em grupos específicos e hoje se espalha de forma geral.
O órgão aponta que, nos últimos anos, o número de heterossexuais infectados por HIV tem aumentado proporcionalmente à epidemia, principalmente em mulheres. Esse panorama é resultado de relações sexual (homo ou heterossexual) com pessoas infectadas sem uso de preservativos, além de outros comportamentos que deixam o usuário suscetível à contaminação, como o compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis, além da reutilização de objetos perfurocortantes com presença de sangue ou fluidos contaminados pelo HIV.
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