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O mito em torno da figura do “pai dos pobres” não surgiu do nada. Como outros, sua mitificação foi uma criação fomentada principalmente pelas propagandas idealizadas no poder autoritário e centralizador do Estado Novo. Durante a ditadura de Vargas, uma enorme engrenagem de censura contra a oposição e propaganda de seus feitos foi criada. Instaurado em 1939, o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão que controlava os meios de comunicação e as artes, promovia a imagem do “pai dos pobres” mostrando em escolas e cinemas filmes sobre a vida de Getúlio e suas obras. Com o estabelecimento da Hora do Brasil, programa de rádio transmitido todos os dias entre 19 e 20 horas, o governo pôde entrar nas casas da população em horário nobre, fazendo propaganda de seus feitos e estabelecendo um vínculo direto entre Getúlio e o cidadão. Feriados nacionais como o Dia do Trabalho, o Dia da Independência e até mesmo o aniversário do presidente (19 de abril) eram utilizados para Vargas entrar em contato direto com as massas, particularmente em gigantescos comícios realizados em estádios de futebol abarrotados. Nessas ocasiões ocorriam desfiles de jovens e crianças que, treinados como robôs, demonstravam o nacionalismo e o apreço pela figura do presidente empunhando retratos de Getúlio. Assim como nas festividades nazistas, a estética das apresentações evocava o patriotismo do povo.
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