Recebe o nome de
monocultura de exportação ou plantation
, o sistema de exploração agrícola que se concentra em apenas uma cultura, a qual é destinada a mercados exteriores. Tal sistema marcou a economia do continente americano por séculos, sendo aplicado à exaustão durante a colonização europeia, e mais tarde foi levado para África e Ásia. Hoje, é prática típica de países subdesenvolvidos
. O modelo agrário-exportador modificou indelevelmente a organização do espaço rural latino-americano, pois a vegetação natural foi, em várias regiões, substituída por imensos latifúndios, que ainda hoje se destacam nas paisagens de muitos países.A monocultura de exportação está presente no Brasil desde o século XVI, quando os portugueses desenvolveram a produção açucareira ao longo da faixa litorânea do nordeste, aproveitando os solos férteis de massapé. Já na América espanhola, a agricultura ganhou impulso entre os séculos XVII e XVIII, com a queda da produção mineral, em especial no Peru.
A implantação da monocultura de exportação depende de uma extensa propriedade, onde será cultivado um único gênero, cujo destino é a exportação, já que o mercado interno é incipiente ou saturado. Para o dono das terras, é uma forma rápida de obter o retorno de seu investimento. Por outro lado, a comunidade em seu entorno fica dependente da produção dessa grande propriedade. Outros gêneros que poderiam gerar trocas regionais são descartados para se plantar o lucrativo gênero de exportação e os empregos acabam todos ligados e dependentes do sucesso dessa mesma culturaA longo prazo, ao trocar os dividendos da lavoura por outros bens, todos aqueles dedicados à monocultura gradativamente perdem seu poder aquisitivo, devido à uma provável saturação que a monocultura de exportação acaba por provocar