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Greves operárias foi como ficou conhecido no Brasil o movimento de operários no início do século XX na luta por melhores condições de trabalho, melhores salários e garantias trabalhistas.
O período de 1917 a 1920 marcou o auge dos movimentos grevistas no Brasil. Liderado por imigrantes, principalmente italianos, esse processo entrou em declínio, principalmente devido à incompatibilidade entre as palavras de ordem dos movimentos, ditadas pelos organizadores, e os reais interesses do operariado. Com o crescimento industrial e urbano, surgiram bairros operários em várias cidades brasileiras. Formados em sua maioria por imigrantes estrangeiros, a vida nesses bairros era bastante precária, refletindo os baixos salários dos operários, a jornada de trabalho estafante, a absoluta falta de garantias de leis trabalhistas, como descanso semanal, férias e aposentadoria.
Os problemas eram muitos. Nas fábricas, por exemplo, ocorria o emprego maciço de mão-de-obra infantil, mais barata que a adulta. Muitas crianças empregadas acabavam com um dos membros mutilados pelas máquinas[1] e, assim como os demais trabalhadores, não tinham direito a tratamento médico, seguro por acidentes de trabalho, etc.
Nesse contexto, surgiram as primeiras manifestações sob influência das ideias socialistas e anarquistas, que moviam as lutas operárias internacionais. Tanto no Brasil como em outros países, lutava-se tanto por resultados imediatos (a conquista de melhores condições de trabalhos e salários, por exemplo) como por objetivos mais amplos, dentre eles a derrubada do sistema capitalista e implantação de uma sociedade mais igualitária.