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O objetivo é compreender a dinâmica dos movimentos sociais na sua relação com as políticas públicas do governo federal, buscando também entender as transformações sociais na sociedade brasileira contemporânea. Os movimentos sociais estudados são: rurais, urbanos, negro, indígena, quilombolas, LGBT’s, sindical, de mulheres e de juventude.
O estudo, ainda em andamento, foi debatido durante o seminário “Movimentos sociais, participação e esfera pública”, promovido pela Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR), em Brasília (DF). Ele será concluído e apresentado em novembro deste ano.
Foram definidos como espaços de coleta de dados iniciais da pesquisa os conselhos nacionais cujos temas se relacionam com os de atuação dos movimentos analisados.
Essas primeiras informações foram apresentadas e discutidas com pesquisadores, gestores públicos federais e representantes dos movimentos sociais.
Dentro da metodologia desenvolvida, esse momento de apresentação preliminar também se configurou como coleta de novos dados. “O estágio em que se encontra a pesquisa é o de testar as observações e hipóteses parciais e o de aproveitar o comentário e testemunhos dos representantes e gestores presentes neste seminário”, esclarece o professor Sérgio leite, coordenador da pesquisa. O passo seguinte será de entrevistas com os movimentos sociais, inclusive os que não têm assentos nos conselhos.
Para o secretario nacional de Articulação Social da SG-PR, Paulo Maldos, que coordenou a mesa de abertura do seminário, “é inquestionável a importância dos movimentos sociais para a consolidação da democracia no País e para a construção de um novo patamar de participação social”.
Segundo Maldos, esse novo tipo de participação social, que se reflete, por exemplo, nas inúmeras conferências temáticas realizadas ao longo dessa década, passou a exigir mais capacitação do governo para compreender, respeitar e acolher as demandas que vêm da sociedade.