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Se o Clube de Roma teve algum mérito, esse mérito consistiu em ser o primeiro a se rebelar contra a ignorância suicida da condição humana” – afirmou, mais tarde.
O período foi fértil em alertas sobre os riscos de manutenção dos padrões de industrializaçao e consumo no longo prazo. U Thant, o brilhante secretário-geral da ONU da época, num discurso feito em 1969, afirmou:
“Eu não quero parecer excessivamente dramático, mas das informações a que tenho acesso na minha posição, só posso concluir que os países membros das Nações Unidas têm, talvez, 10 anos para deixar de lado as suas pequenas querelas e lançar uma parceria global para superar a corrida armamentista, para melhorar o meio ambiente humano, e para conter a explosão demográfica (…). Se essa parceria global não for feita na próxima década, temo que os problemas mencionados alcançarão tais proporções que estarão fora de nossa capacidade de controle.”
Já no ano seguinte, o Clube de Roma conseguiu a contratação de uma notável equipe multi-disciplinar do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – conhecido por sua sigla, MIT – para fazer um estudo sobre o crescimento econômico dentro dos padrões de consumo que caracterizavam as nações mais industrializadas. O Clube de Roma e o MIT anteciparam-se largamente à tal da globalização. A Fundação Volkswagen pagou o trabalho da equipe do MIT, liderada por Dennis Meadows e envolvendo outros 16 cientistas de diversas nacionalidades.
O resultado desses estudos foi publicado em 1972 com o título de “Limites para o Crescimento”. O pensamento de Aurelio Peccei, do Clube de Roma e do MIT sintetizam bastante bem as inquietações que levaram à Conferência de Estocolmo Sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972. Ainda não existia a fantasia do desenvolvimento sustentável.
Limites para o Crescimento foi fruto de uma sofisticada avaliação computacional das possibilidades e consequências do crescimento populacional e da evolução da demanda e da oferta de matérias-primas e energia. Depois de Malthus, foi a primeira vez que se falou claramente em limites físicos para o crescimento econômico. Os autores postularam a necessidade de mudanças profundas nos padrões de desenvolvimento para evitar que fosse ultrapassada a capacidade de sustentação do planeta Terra, algo que, então, parecia distante. O sofisticado modelo desenvolvido pelo MIT indicou que os padrões de consumo e a qualidade de vida continuar prosseguir melhorando até alguns anos depois de 2015. Ou seja, a humanidade tinha pouco mais de 50 anos para ajustar-se e evitar que tais limites fossem ultrapassados. Cinquenta anos parecia, então, um prazo suficiente.
O período foi fértil em alertas sobre os riscos de manutenção dos padrões de industrializaçao e consumo no longo prazo. U Thant, o brilhante secretário-geral da ONU da época, num discurso feito em 1969, afirmou:
“Eu não quero parecer excessivamente dramático, mas das informações a que tenho acesso na minha posição, só posso concluir que os países membros das Nações Unidas têm, talvez, 10 anos para deixar de lado as suas pequenas querelas e lançar uma parceria global para superar a corrida armamentista, para melhorar o meio ambiente humano, e para conter a explosão demográfica (…). Se essa parceria global não for feita na próxima década, temo que os problemas mencionados alcançarão tais proporções que estarão fora de nossa capacidade de controle.”
Já no ano seguinte, o Clube de Roma conseguiu a contratação de uma notável equipe multi-disciplinar do Instituto de Tecnologia de Massachusetts – conhecido por sua sigla, MIT – para fazer um estudo sobre o crescimento econômico dentro dos padrões de consumo que caracterizavam as nações mais industrializadas. O Clube de Roma e o MIT anteciparam-se largamente à tal da globalização. A Fundação Volkswagen pagou o trabalho da equipe do MIT, liderada por Dennis Meadows e envolvendo outros 16 cientistas de diversas nacionalidades.
O resultado desses estudos foi publicado em 1972 com o título de “Limites para o Crescimento”. O pensamento de Aurelio Peccei, do Clube de Roma e do MIT sintetizam bastante bem as inquietações que levaram à Conferência de Estocolmo Sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em 1972. Ainda não existia a fantasia do desenvolvimento sustentável.
Limites para o Crescimento foi fruto de uma sofisticada avaliação computacional das possibilidades e consequências do crescimento populacional e da evolução da demanda e da oferta de matérias-primas e energia. Depois de Malthus, foi a primeira vez que se falou claramente em limites físicos para o crescimento econômico. Os autores postularam a necessidade de mudanças profundas nos padrões de desenvolvimento para evitar que fosse ultrapassada a capacidade de sustentação do planeta Terra, algo que, então, parecia distante. O sofisticado modelo desenvolvido pelo MIT indicou que os padrões de consumo e a qualidade de vida continuar prosseguir melhorando até alguns anos depois de 2015. Ou seja, a humanidade tinha pouco mais de 50 anos para ajustar-se e evitar que tais limites fossem ultrapassados. Cinquenta anos parecia, então, um prazo suficiente.
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