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A corrida internacional de São Silvestre é, provavelmente, a mais famosa das provas de rua em nosso país. Sempre disputada na cidade de São Paulo, no dia 31 de dezembro, todos os anos o Brasil recebe corredores de outros países apenas para participar da competição.
Poucas pessoas sabem o porquê da competição se chamar “Corrida de São Silvestre”. Essa prova é disputada nos dias 31 de dezembro devido à uma comemoração de final de ano, porém ,essa data apresenta um significado cristão: São Silvestre foi um papa que comandou a Igreja Católica no período entre 31 de janeiro de 314 a 31 de dezembro de 335. Desde sua canonização, o dia de comemoração para São Silvestre tem sido o dia 31 de dezembro.
A primeira edição da São Silvestre ocorreu em 1924, cujo evento foi idealizado e organizado pelo jornalista Casper Líbero. Conta-se que ele teria voltado da França maravilhado com uma prova de corrida de rua noturna, cujos atletas carregavam tochas durante todo percurso. A partir de então, encarregou-se de organizar uma corrida de rua em nosso país. Essa primeira edição conseguiu reunir apenas quarenta e oito pessoas para disputar a prova. É importante salientar que, assim como a corrida francesa assistida por Casper Líbero, a São Silvestre também era realizada à noite, de modo que os atletas cruzassem a linha de chegada em horário próximo à meia noite.
Apresentando características próprias de um momento em que o esporte era pouco profissionalizado, os corredores não usavam vestimentas especiais para a prova. Outra curiosidade é a de que, naquela época, o percurso de prova consistia em 8,8 quilômetros e os corredores não poderiam ingerir água durante toda a prova. Com o avanço do conhecimento médico, especificamente da fisiologia, hoje sabe-se que a hidratação é fundamental durante a prática de qualquer tipo de atividade física.
As mulheres passaram a integrar a competição apenas no ano de 1975. Isso porque a Organização das Nações Unidas – ONU – havia homenageado aquele ano, como “Ano Internacional da Mulher”. Nesse sentido, como uma resposta ao apelo da igualdade entre os gêneros, a organização da prova incluiu as mulheres na disputa.
Para que a prova tivesse reconhecimento oficial, ela precisou passar por adaptações, de modo a cumprir as exigências da Federação Internacional de Atletismo. Assim, em 1991 o percurso de prova passou a ter extensão de 15 quilômetros; a prova não seria mais disputada no período noturno (a largada feminina se daria às 15 horas e a masculina, às 17 horas). Mas as mudanças valeram a pena: a São Silvestre passou a integrar o calendário internacional de provas de rua.
O trajeto atual da São Silvestre é composto pelo seguinte percurso: Largada na Avenida Paulista, passando pela Rua da Consolação, Avenida Ipiranga, São João, Largo São Francisco, Viaduto do Chá e, finalmente, a subida da Rua Brigadeiro Luiz Antônio.
Ainda que infelizmente a televisão não transmita essa parte tão importante da prova, é importante lembrar que pessoas portadoras de deficiências também participam da prova. Há largadas específicas para atletas cadeirantes e outra para portadores de outros tipos de deficiência. Só depois é que largam as elites feminina e masculina e o pelotão geral. Os horários de largada são:
cadeirantes masculino e feminino: 14h45m;demais categorias de atletas com deficiência: 14h50m;elite feminina: 16h30m;elite masculina: 16h47m;público geral masculino e feminino: 16h47m (após a elite masculina).