• Matéria: História
  • Autor: Fernanda2135
  • Perguntado 8 anos atrás

Negros populares com sua história marcada no Brasil urgente e pra hoje


Yasmin1805: Como assim ?

Respostas

respondido por: klauslira97
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Neta de escrava alforriada, ela foi a primeira mulher a fazer análise na América Latina e disseminou esse saber pelo País.

Entre o esquecimento, o desconhecimento e a invisibilidade, uma grande história brasileira praticamente desaparece. Com ela, some também um referencial de vida e de conquistas. Bem aqui, no País que faz vista grossa ao racismo e às desigualdades, uma mulher negra preencheu a própria trajetória com pioneirismos.

(Huffpost Brasil, 16/04/2017 – acesse no site de origem)

Virgínia Leone Bicudo (1910-2003), paulistana, filha de uma imigrante italiana branca e de um brasileiro negro, neta de uma escrava alforriada, foi a primeira mulher a fazer análise na América Latina.

Foi a primeira pessoa a escrever uma tese sobre relações raciais no Brasil, inaugurando, na academia, o debate sobre racismo. Foi também a primeira psicanalista não-médica no País. Tantas credenciais desta psicanalista e socióloga e, no entanto, seu nome, seu protagonismo e sua história se tornaram invisíveis a muitos brasileiros.

“Àqueles que não sabiam desse fato e o acham estarrecedor, comungamos do mesmo sentimento de estranhamento: como nunca soubemos disso? Como não nos falaram antes?”, questiona a psicanalista Ana Paula Musatti Braga, doutora em psicologia clínica pela USP (Universidade de São Paulo), em seu artigo Pelas trilhas de Virgínia Bicudo: psicanálise e relações raciais em São Paulo, publicado na revista Lacuna.

“No meu modo de ver, nunca houve interesse na divulgação do trabalho dela. Eu diria que poucos negros conhecem o que a Virgínia fez”, afirma ao HuffPost Brasil a psicanalista Isildinha Baptista Nogueira, doutora em Psicologia pela USP e pesquisadora, desde a década de 1990, dos efeitos do racismo no psiquismo dos negros.





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