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midia e educação.
Muitas vezes, os profissionais que trabalham com o ensino negligenciam a forte influência que a mídia pode exercer no educando por meio de contínuos e variados modismos. Na área de Educação Física, esse poder é mais acentuado, pois os esportes foram transformados em grandes espetáculos; os clubes e selecionados, em grandes marcas; e os atletas, em “estrelas” com alto potencial para a venda de produtos esportivos. Um exemplo típico é o número de empresas que procuram fazer sua publicidade através dos jogadores de futebol, voleibol, basquetebol, etc., de acordo com a popularidade que esses esportes têm nos diferentes países em que são praticados.
É em virtude disso que as pessoas associam os ídolos a determinadas marcas. Assim, passam a consumir certos produtos não por sua qualidade, mas, sim, pela falsa impressão de que ela é fundamental para o sucesso do atleta. Esportistas de destaque, como Ronaldinho, Rivaldo, Giba, Gustavo Borges, Oscar, Paula, Hortência, Ayrton Senna e Guga já eram talentosos antes de assinarem contratos milionários com empresas de grande porte. Por sinal, os equipamentos com tecnologia de ponta usados pelos atletas profissionais trazem uma sutil melhora de performance, interferindo apenas nos resultados de competições de alto nível — como os campeonatos mundiais, Olimpíadas, ligas, etc. — e são insignificantes para o praticante amador. Exemplo disso foi o lançamento de uma bicicleta aparelhada com todos os equipamentos necessários para a realização de acrobacias. A propaganda desse produto mostrava um dos atletas de renome mundial fazendo várias peripécias com muita facilidade. Milhares de bicicletas foram vendidas, mas as crianças e jovens que as compraram acabaram frustrando-se, pois a dificuldade para realizar as manobras era muito grande, ao contrário do que era enfatizado na propaganda. Outro exemplo foi o marketing criado em torno do jogador Ronaldinho. O cognome “fenômeno”, como é chamado o jogador, não se refere somente à sua excelência em campo, mas à sua capacidade de aumentar as vendas do produto que anuncia: de bebidas lácteas a cerveja e de artigos esportivos a roupas clássicas. Há que se destacar que as chuteiras feitas de couro de canguru usadas pelo jogador, que pesam poucos gramas, têm um preço muito acima das chuteiras comuns, mas, mesmo assim, são um sucesso de vendas. Nada comprova que elas sejam responsáveis pelo bom futebol praticado por Ronaldinho e muito menos que elas possam fazer alguém jogar melhor.
Além dos esportes, a própria concepção de estética é construída com base nos meios de comunicação. Os atores, atrizes e outras personalidades de programas como novelas, jornais, seriados, de auditório, entre outros, mostram um perfil que não condiz com o da maioria da população. As pessoas exibidas pelos meios de comunicação são magras, altas e belas. Uma pesquisa constatou que a estatura média dos atores de novela é 1,88 m para homens e 1,76 m para mulheres, enquanto a média da população brasileira não ultrapassa 1,70 m e 1,60 m respectivamente. O contraste é muito grande e afeta diretamente a relação que o aluno tem com o próprio corpo. É só pensar nos meninos que praticam voleibol e que, aos 15 anos de idade, mesmo com 1,80 m, são rejeitados nas “peneiradas” dos grandes clubes brasileiros porque a altura mínima exigida é de 1,85 m. Esses jovens passam a se considerar baixos, apesar de se encontrarem muito acima da média da população.
Com a existência de casos tão variados, o professor não deve ignorar a constante influência que a mídia exerce sobre os alunos. A melhor forma de trabalhá-la é conduzir o estudante, através do debate, a entender que a mídia lança modismos que nem sempre devem ser incorporados pelo repertório dos educandos e que a concepção estética é baseada na auto-estima, ou seja, o conceito de beleza depende mais do autoconhecimento e da aceitação de si mesmo do que de medidas definidas pelos meios de comunicação.
Muitas vezes, os profissionais que trabalham com o ensino negligenciam a forte influência que a mídia pode exercer no educando por meio de contínuos e variados modismos. Na área de Educação Física, esse poder é mais acentuado, pois os esportes foram transformados em grandes espetáculos; os clubes e selecionados, em grandes marcas; e os atletas, em “estrelas” com alto potencial para a venda de produtos esportivos. Um exemplo típico é o número de empresas que procuram fazer sua publicidade através dos jogadores de futebol, voleibol, basquetebol, etc., de acordo com a popularidade que esses esportes têm nos diferentes países em que são praticados.
É em virtude disso que as pessoas associam os ídolos a determinadas marcas. Assim, passam a consumir certos produtos não por sua qualidade, mas, sim, pela falsa impressão de que ela é fundamental para o sucesso do atleta. Esportistas de destaque, como Ronaldinho, Rivaldo, Giba, Gustavo Borges, Oscar, Paula, Hortência, Ayrton Senna e Guga já eram talentosos antes de assinarem contratos milionários com empresas de grande porte. Por sinal, os equipamentos com tecnologia de ponta usados pelos atletas profissionais trazem uma sutil melhora de performance, interferindo apenas nos resultados de competições de alto nível — como os campeonatos mundiais, Olimpíadas, ligas, etc. — e são insignificantes para o praticante amador. Exemplo disso foi o lançamento de uma bicicleta aparelhada com todos os equipamentos necessários para a realização de acrobacias. A propaganda desse produto mostrava um dos atletas de renome mundial fazendo várias peripécias com muita facilidade. Milhares de bicicletas foram vendidas, mas as crianças e jovens que as compraram acabaram frustrando-se, pois a dificuldade para realizar as manobras era muito grande, ao contrário do que era enfatizado na propaganda. Outro exemplo foi o marketing criado em torno do jogador Ronaldinho. O cognome “fenômeno”, como é chamado o jogador, não se refere somente à sua excelência em campo, mas à sua capacidade de aumentar as vendas do produto que anuncia: de bebidas lácteas a cerveja e de artigos esportivos a roupas clássicas. Há que se destacar que as chuteiras feitas de couro de canguru usadas pelo jogador, que pesam poucos gramas, têm um preço muito acima das chuteiras comuns, mas, mesmo assim, são um sucesso de vendas. Nada comprova que elas sejam responsáveis pelo bom futebol praticado por Ronaldinho e muito menos que elas possam fazer alguém jogar melhor.
Além dos esportes, a própria concepção de estética é construída com base nos meios de comunicação. Os atores, atrizes e outras personalidades de programas como novelas, jornais, seriados, de auditório, entre outros, mostram um perfil que não condiz com o da maioria da população. As pessoas exibidas pelos meios de comunicação são magras, altas e belas. Uma pesquisa constatou que a estatura média dos atores de novela é 1,88 m para homens e 1,76 m para mulheres, enquanto a média da população brasileira não ultrapassa 1,70 m e 1,60 m respectivamente. O contraste é muito grande e afeta diretamente a relação que o aluno tem com o próprio corpo. É só pensar nos meninos que praticam voleibol e que, aos 15 anos de idade, mesmo com 1,80 m, são rejeitados nas “peneiradas” dos grandes clubes brasileiros porque a altura mínima exigida é de 1,85 m. Esses jovens passam a se considerar baixos, apesar de se encontrarem muito acima da média da população.
Com a existência de casos tão variados, o professor não deve ignorar a constante influência que a mídia exerce sobre os alunos. A melhor forma de trabalhá-la é conduzir o estudante, através do debate, a entender que a mídia lança modismos que nem sempre devem ser incorporados pelo repertório dos educandos e que a concepção estética é baseada na auto-estima, ou seja, o conceito de beleza depende mais do autoconhecimento e da aceitação de si mesmo do que de medidas definidas pelos meios de comunicação.
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