• Matéria: Pedagogia
  • Autor: marc999
  • Perguntado 8 anos atrás

“Muito poderia ser dito acerca da influência que a Áustria exerceu sobre nós, já ao tempo em que morávamos em Ruschuk. Não só meus pais haviam frequentado a escola em Viena, não só falavam alemão entre si, mas meu pai lia diariamente o Neue Freie Presse, e era um grande momento quando ele o desdobrava lentamente. Assim que ele se punha a lê-lo, já não tinha olhos para mim, e eu sabia que, de forma alguma, não me responderia; minha mãe também nada lhe perguntava, nem mesmo em alemão. Eu tentava descobrir o que tanto o prendia ao jornal; no começo eu pensava que fosse o cheiro, e quando ficava só e ninguém me via, trepava na cadeira e avidamente cheirava o periódico. Mas depois notei como ele movia a cabeça ao longo da folha, e o imitei sem ter diante dos olhos o jornal que ele segurava sobre a mesa com ambas as mãos, enquanto eu brincava no chão, às suas costas. Certa vez um visitante que entrara o chamou; ele se voltou e me flagrou em meus imaginários movimentos de leitura. Então se dirigiu a mim, ainda antes de atender o visitante, e me explicou que o que importava eram as letras, muitas pequenas letras, nas quais ele bateu com o dedo. Em breve eu também saberia ler, disse ele, e despertou em mim um insaciável anseio pelas letras.” (CANETTI, 1987, p. 37).



O texto demonstra a progressiva constituição do personagem como leitor, tendo como premissa:

E


marc999: .
a curiosidade em descobrir a funcionalidade das letras/mensagem presentes no jornal e o comportamento leitor do pai.
mariaelitejf: A resposta estar correta: A curiosidade em descobrir a funcionalidade das letras/mensagem presentes no jornal e o comportamento do pai.

Respostas

respondido por: mariaelitejf
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Curiosidade em descobrir a funcionalidade das letras/mensagem presentes no jornal e o comportamento leitor do pai.
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