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O que mais se ouve no princípio de cada ano novo são os votos de paz e de felicidade. Se olharmos com realismo a situação atual do mundo e mesmo dos distintos países, inclusive do nosso, o que mais falta é justamente paz. Ela é um bem tão precioso que sempre é desejado.
E precisamos nos empenhar muito (quase ia dizendo… precisamos lutar, o que seria contraditório) para conseguir aquele mínimo de paz que torna a vida apetecida: paz interior, paz na família, paz nas relações de trabalho, paz no jogo político e paz entre os povos e também paz com Deus. E como é necessária! Além dos atentados terroristas, existem no mundo 40 focos de guerras ou conflitos, geralmente, devastadores.
São muitas e até misteriosas as causas que destroem a paz e impedem a sua construção. Restrinjo-me à primeira delas: a profunda desigualdade social mundial. Thomas Piketty escreveu um livro inteiro sobre A economia da desigualdade (Intriseca 2015). O simples fato de que cerca de 1% de multi-biliardários controlarem grande parte das rendas dos povos e no Brasil, segundo o especialista no ramo Márcio Pochmann, cinco mil famílias deterem 46% do PIB nacional nos mostra o nível da desigualdade.