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O francês Antoine de Saint-Exupéry lançou, em 1943, nos EUA, um ano antes de sua morte, o livro que se tornaria um clássico da literatura universal, ‘Le Petit Prince’, traduzido no Brasil como O Pequeno Príncipe. Escrito e ilustrado por este ex-piloto aéreo ao longo da Segunda Guerra Mundial, ele se transformou na obra mais vendida em todo o mundo, por volta de 80 milhões de volumes; foi editado pelo menos 500 vezes.
Esta fábula ou parábola, aparentemente dirigida ao público infantil, mas permeada por um alto teor filosófico e poético, foi a terceira produção literária mais traduzida no Planeta – a primeira é o Livro Sagrado e a segunda é O Peregrino, A Viagem do Cristão da Cidade da Destruição para a Jerusalém Celestial, do inglês John Bunyan -, lançada em 160 idiomas ou dialetos, até mesmo na África do Sul. Em Portugal esta obra é adotada no ensino básico, nas aulas de Língua Portuguesa, e no Japão foi construído um museu para o protagonista da trama.
O escritor se torna, em sua obra, um dos personagens principais, além de ser o próprio narrador do enredo, protagonizado por uma criança de cabelos da cor do ouro e cachecol vermelho em torno do pescoço. A história tem início com um problema no avião do autor, que fica preso temporariamente no deserto do Saara. Ao acordar, uma certa manhã, ele se depara com O Pequeno Príncipe, que lhe pede para desenhar um carneiro para ele.
O narrador tem suas próprias experiências traumáticas com desenhos, pois quando criança ele criara um elefante engolido por uma jibóia, mas os adultos apenas viam em sua obra o esboço de um chapéu. Inconformado e sem incentivos para continuar a criar, ele tem dificuldades para atender o pedido do pequeno jovem, mas é incentivado por encontrar alguém que finalmente vê em seu desenho a imagem real, além das aparências, e consegue assim produzir um carneiro dentro de um recipiente. Este episódio revela as dificuldades dos adultos para perceberem o universo da fantasia quando crescem e matam dentro de si a criança que foram um dia.
O rapaz vai narrando suas aventuras ao escritor, desvelando diante de seus olhos a simplicidade da vida, a pureza de seu olhar, a essência da realidade. Ele contesta naturalmente cada evento da existência considerado normal e convencional pela maior parte das pessoas. Ao deixar seu lar, um pequeno planeta onde reside na companhia de uma rosa repleta de vaidade e orgulho, à procura de um carneiro que possa consumir os ameaçadores baobás, árvores que crescem em excesso na sua terra, inicia uma alegórica trajetória cósmica.
Ele já havia atravessado vários planetas, encontrando em sua jornada diversos personagens que simbolizam as inúteis inquietações do universo adulto. Um rei soberbo que acreditava ser venerado por todos os seus vassalos, mas na verdade se encontrava totalmente só; um negociante que trabalhava sem cessar e, assim, não encontrava espaço para fantasiar; um alcoólatra que cada vez mais se embriagava para não se lembrar que era um bêbado; um antigo geógrafo que desconhecia os contornos geográficos de sua própria terra; um ser destinado a acender lampiões; um homem vaidoso; e, na Terra, uma serpente que lhe promete presenteá-lo com uma picada, para que desta forma ele possa regressar para seu astro natal – estas são as figuras que atravessam seu caminho na viagem pela galáxia.
À medida que ouve a narrativa do Pequeno Príncipe, o autor vai despertando para o valor das coisas mais simples, esquecidas pelos adultos. Como diz a raposa, amiga da criança de outra estrela, “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Saint-Exupéry é o próprio jovem de cabelos dourados, é assim que ele vê os que cresceram e esqueceram da criança que habita dentro de cada um, transformando-se assim em seres estranhos que ele não consegue compreender.
Esta obra inspirou várias produções cinematográficas, animações e adaptações. É uma narrativa que tanto pode ser lida como uma fábula infantil pelos pequenos, quanto em seu conteúdo profundo por adultos que deixaram de sonhar.
Esta fábula ou parábola, aparentemente dirigida ao público infantil, mas permeada por um alto teor filosófico e poético, foi a terceira produção literária mais traduzida no Planeta – a primeira é o Livro Sagrado e a segunda é O Peregrino, A Viagem do Cristão da Cidade da Destruição para a Jerusalém Celestial, do inglês John Bunyan -, lançada em 160 idiomas ou dialetos, até mesmo na África do Sul. Em Portugal esta obra é adotada no ensino básico, nas aulas de Língua Portuguesa, e no Japão foi construído um museu para o protagonista da trama.
O escritor se torna, em sua obra, um dos personagens principais, além de ser o próprio narrador do enredo, protagonizado por uma criança de cabelos da cor do ouro e cachecol vermelho em torno do pescoço. A história tem início com um problema no avião do autor, que fica preso temporariamente no deserto do Saara. Ao acordar, uma certa manhã, ele se depara com O Pequeno Príncipe, que lhe pede para desenhar um carneiro para ele.
O narrador tem suas próprias experiências traumáticas com desenhos, pois quando criança ele criara um elefante engolido por uma jibóia, mas os adultos apenas viam em sua obra o esboço de um chapéu. Inconformado e sem incentivos para continuar a criar, ele tem dificuldades para atender o pedido do pequeno jovem, mas é incentivado por encontrar alguém que finalmente vê em seu desenho a imagem real, além das aparências, e consegue assim produzir um carneiro dentro de um recipiente. Este episódio revela as dificuldades dos adultos para perceberem o universo da fantasia quando crescem e matam dentro de si a criança que foram um dia.
O rapaz vai narrando suas aventuras ao escritor, desvelando diante de seus olhos a simplicidade da vida, a pureza de seu olhar, a essência da realidade. Ele contesta naturalmente cada evento da existência considerado normal e convencional pela maior parte das pessoas. Ao deixar seu lar, um pequeno planeta onde reside na companhia de uma rosa repleta de vaidade e orgulho, à procura de um carneiro que possa consumir os ameaçadores baobás, árvores que crescem em excesso na sua terra, inicia uma alegórica trajetória cósmica.
Ele já havia atravessado vários planetas, encontrando em sua jornada diversos personagens que simbolizam as inúteis inquietações do universo adulto. Um rei soberbo que acreditava ser venerado por todos os seus vassalos, mas na verdade se encontrava totalmente só; um negociante que trabalhava sem cessar e, assim, não encontrava espaço para fantasiar; um alcoólatra que cada vez mais se embriagava para não se lembrar que era um bêbado; um antigo geógrafo que desconhecia os contornos geográficos de sua própria terra; um ser destinado a acender lampiões; um homem vaidoso; e, na Terra, uma serpente que lhe promete presenteá-lo com uma picada, para que desta forma ele possa regressar para seu astro natal – estas são as figuras que atravessam seu caminho na viagem pela galáxia.
À medida que ouve a narrativa do Pequeno Príncipe, o autor vai despertando para o valor das coisas mais simples, esquecidas pelos adultos. Como diz a raposa, amiga da criança de outra estrela, “Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos”. Saint-Exupéry é o próprio jovem de cabelos dourados, é assim que ele vê os que cresceram e esqueceram da criança que habita dentro de cada um, transformando-se assim em seres estranhos que ele não consegue compreender.
Esta obra inspirou várias produções cinematográficas, animações e adaptações. É uma narrativa que tanto pode ser lida como uma fábula infantil pelos pequenos, quanto em seu conteúdo profundo por adultos que deixaram de sonhar.
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