• Matéria: História
  • Autor: nanda980
  • Perguntado 8 anos atrás

como estava a educação no período do governo de Dutra ?

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respondido por: israelcruzdossantos
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A pressão em torno da volta das instituições democráticas, fez com que Vargas acenasse favoravelmente para realização de eleições diretas. No final de 1945, uma nova assembléia constituinte foi eleita para, dessa forma, definir as bases do jogo político nacional. De acordo com a nova constituição, foi aprovada a existência das liberdades essenciais para o desenvolvimento de um novo processo eleitoral. 

No novo pleito presidencial surgiram três candidatos: o general Eurico Gaspar Dutra (apoiado pelas alas trabalhistas do Partido Social Democrático e Partido Trabalhista Brasileiro); o brigadeiro Eduardo Gomes (candidato da União Democrática Nacional); e o civil Yedo Fiúza (filiado ao Partido Comunista Brasileiro). Contando com o decisivo apoio do presidente Vargas, Dutra conseguiu a vitória com mais da metade dos votos.

Estabelecendo-se em um cenário político internacional que marchava rumo ao bipolarismo político, Dutra optou por seguir a cartilha político-ideológica dos Estados Unidos. Reafirmando essa posição, seu governo colocou os comunistas na ilegalidade e cassou o mandato político de todos os parlamentares do PCB. Complementando esse conjunto de medidas pró-Estados Unidos, o governo rompeu relações diplomáticas com a União Soviética. 

A política econômica de Dutra foi marcada pela predominância de políticas liberais. Nessa época, o volume de importações brasileiras aumentou significativamente. Em pouco tempo as reservas econômicas do país diminuíram por causa do grande número de recursos utilizados para financiar a entrada de produtos importados. Conseqüentemente, a indústria nacional sofreu um período de recessão, que foi acompanhado pelo crescimento da dívida externa. 

Nesse período, a condição dos trabalhadores piorou sensivelmente. O congelamento dos salários, inalterados desde 1942, e o aumento dos índices inflacionários encareceram o custo de vida da população. Por conseguinte, vários movimentos grevistas e manifestações foram deflagrados neste tempo. Um dos mais violentos protestos ocorreu com o aumento da tarifa dos ônibus e bondes na cidade de São Paulo, em 1947. Os protestos causaram a depredação de prédios públicos e confronto entre os rebelados e a polícia. O governo culpou diversas vezes os comunistas pela autoria desses episódios. 

A partir de 1947, algumas poucas medidas foram tomadas para se refrear a crise da economia. O governo estabeleceu medidas de controle sobre o câmbio e o volume de importações. Certo tempo depois, a economia nacional apresentava números positivos. Em 1949, aproveitando o surto de valorização do café, o país fechou o ano com uma balança comercial favorável. O ponto alto do governo deu-se com a criação do Plano Salte (sigla para Saúde, Alimentação, Transporte e Energia). Com os problemas acumulados ao longo de sua administração, as metas desse plano não foram atingidas de maneira expressiva. 

Em 1950, uma nova eleição começou a ganhar o cenário político nacional. Ainda sentindo a carência de personalidades políticas de âmbito nacional, a disputa daquele ano contou com poucos presidenciáveis. Apoiado por Dutra, o mineiro Cristiano Machado ergueu chapa com o PSD. Pela UDN, Eduardo Gomes disputava mais uma eleição. Enquanto isso, Getúlio Vargas articulou sua volta à presidência pelo PTB.

Coordenando amplo apoio político com o oferecimento de cargos, Getúlio Vargas conseguiu uma vitória que o levou de volta à presidência “nos braços do povo”. Uma das principais figuras a apoiá-lo na época foi o governador paulista Ademar de Barros, conhecido pelo slogan “rouba, mas faz”. Em uma época marcada por personalidades políticas populistas, Vargas garantiu sua vitória para o seu último mandato como presidente do Brasil. 

Por Rainer Sousa
Mestre em História 
eu acho que assim

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