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O girassol é a quarta oleaginosa mais consumida no mundo, depois da soja, da palma e da canola. As sementes apresentam, em média, 40% de óleo, havendo híbridos que produzem quantidades superiores a 50%. É no girassol que encontramos um dos óleos vegetais de melhor qualidade nutricional. Este óleo também vem sendo indicado para a produção de biocombustíveis – aqueles produzidos a partir de fontes renováveis de energia, como as plantas. Os biocombustíveis apresentam-se como alternativas aos chamados combustíveis fósseis, como a gasolina e o óleo diesel – derivados do petróleo, fonte esgotável de energia.
Além de ser uma bela planta ornamental, o girassol fornece produtos que têm diferentes usos: de cada tonelada de semente se extraem, em média, 400 kg de óleo, 250 kg de cascas e 350 kg de torta para os animais (com 45% a 50% de proteína bruta) e a planta inteira pode ser utilizada como forragem de excelente qualidade.
Entre as plantas que podem ser cultivadas para a produção de biocombustível, o girassol apresenta algumas vantagens, como explica o pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Ivênio Rubens de Oliveira: “O girassol tem um sistema de produção já definido e conhecido. Outra característica positiva é que ele dá uma proporção de um pra um, isto é, para cada quilo de óleo também se produz um quilo de torta, que é o resíduo dos grãos que pode ser prontamente usado no trato dos animais”.
No contexto atual, em que o interesse por biocombustíveis é grande, o produtor pode contar com incentivos que facilitam o início e a manutenção de cultivos de girassol em pequenas propriedades. No Rio Grande do Norte, por exemplo, o governo do estado implantou um programa de agronegócio familiar cujo objetivo é produzir biodiesel a partir de plantas oleaginosas, sobretudo o girassol e o algodão.