Respostas
Resposta:
Tem sim.
O culto aos santos refere-se ao quarto mandamento: Honrar pai e mãe.
Esse mandamento faz parte da virtude da justiça, de modo particular à virtude da piedade, da dulia e do respeito.
O próprio povo judeu honra seus antigos, basta ver a grande veneração que tem pela memória dos patriarcas, profetas e reis. De modo muito particular a Isaac, Abraão e Jacó.
Mas, diferentemente deles, os católicos tem a plena certeza de que Deus, não é Deus dos mortos, mas dos vivos, como afirma Nosso Senhor.
Sendo assim é premissa para todo católico que a alma é incorruptível e subsiste após a morte do corpo em estado consciente de si mesma, de Deus e daqueles que estão no mesmo estado que ela (céu, purgatório ou inferno).
O próprio São Paulo afirma que gostaria de se desfazer dessa tenda e ir logo com Cristo aos céus, e também afirma que logo após a morte há um julgamento particular.
Pois bem, voltando ao assunto principal, o culto aos santos nada mais é que uma ação de graças a Deus por nos ter dado tantos exemplos de que a santidade que Jesus pede de nós é possível, pois o próprio Jesus nos manda: sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito.
Assim, do mesmo modo que é um dever de justiça honrar aqueles que prestaram grandes serviços à pátria, por exemplo, numa guerra, ou numa descoberta científica, também é, e de modo muito maior, dever de justiça honrar aqueles que deram suas vidas por Cristo.
Isso responde de algum modo o culto que se presta aos santos, pois a questão não entra no detalhe da intercessão, então não tratarei dela.
Mas resumidamente se presta culto, em sinal de respeito e por dever de justiça, a todo aquele que prestou um grande serviço. Ora, os santos, mais do que ninguém, prestaram um grande serviço a Deus.
Depois a infalibilidade papal também tem fundamento, naquilo que Nosso Senhor Jesus Cristo mesmo afirmou sobre São Pedro, que tudo o que ele ligar ou desligar na terra, seria tido como ligado e desligado no céu.
Assim para se entender tal doutrina tem que se ter em mente que o ministério petrino não morreu com Pedrou, mas passa de sucessor à sucessor. Coisa que bem se vê nas próprias Escrituras, pois com a morte de Judas, o traidor, o colégio dos apóstolos, por inspiração do Espírito Santo, elege São Matias para ocupar seu lugar. Do mesmo modo na morte de São Pedro, fora eleito São Lino. É só verificar em bons livros de história do cristianismo e da Igreja, para se ter mais noção dessa realidade.
Certo, admitido então que o ministério petrino não morre com Pedro, e que Pedro, dentre todos os apóstolos possui uma autoridade superior a todos eles, o Papa é infalível.
Mas calma lá! Infalível?
Sim, mas só em dois pontos: fé e costumes.
Evidentemente, o papa é um ser humano como qualquer outro, mas com uma missão muito, mas muito mesmo, mais importante que qualquer outro ser humano, excetuada a missão da Virgem Maria.
A missão dele, que admitimos ser a mesma da de São Pedro, é congregar na fé todos os irmãos, é ser sinal externo da unidade da Igreja.
Mas a Igreja é una por causa de sua fé e de seus costumes (ou, no lugar de costumes, moral). Pois temos uma única fé, um único batismo, uma única moral.
E como cabe ao papa manter essa unidade, ele nunca erra em matéria de fé ou de moral.
Mas cabe mais uma distinção: nem tudo o que o papa fala ou faz é infalível. Para um pronunciamento ser infalível deve ser pronunciado ex cathedra, i. é, a partir da cadeira.
Raramente tal coisa acontece, pois geralmente o papa apenas relembra aquilo que já acreditamos, mas vez ou outra se faz necessário que se afirme a verdade de uma doutrina de modo solene, pois se pode ter alguns que estão levantando dúvidas a respeito.
Por exemplo, sempre a Igreja creu que Jesus é Deus e Homem, mas somente no Concílio de Niceia tal foi declarado solenemente, e quem discordar está fora da unidade da Igreja Católica.
Do mesmo modo a Igreja sempre soube que Maria é Imaculada, i.é, nasceu sem a mancha do pecado original, mas somente no século XIX é que se teve que fazer tal declaração solenemente, pois muitos estavam levando a fé dos outros a se perder.