(ENEM-MEC/2010) "Quem construiu a Tebas de sete portas? Nos livros estão nomes de reis. Arrastaram eles os blocos de pedra? H a Babilônia várias vezes destruída. Quem a reconstruiu tantas vezes? Hm que casas da Lima dourada moravam os construtores? Para onde foram os pedreiros, na noite em que a Muralha da China ficou pronta? A grande Roma está cheia de arcos do triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfaram os césares? //
Partindo das reflexões de um trabalhador que lê um livro de história, o autor censura a memória construída sobre determinados monumentos e acontecimentos históricos. A crítica refere-se ao fato de que
a) os agentes históricos de uma determinada sociedade deveriam ser aqueles que realizaram feitos heroicos ou grandiosos e, por isso, ficaram na memória.
b) a história deveria se preocupar em memorizar os nomes de reis ou dos governantes das civilizações que se desenvolveram ao longo do tempo.
c) os grandes monumentos históricos foram construídos por trabalhadores, mas sua memória está vinculada aos governantes das sociedades que os construíram.
d) os trabalhadores consideram que a história é uma ciência de difícil compreensão, pois trata de sociedades antigas e distantes no tempo.
e) as civilizações citadas no texto, embora muito importantes, permanecem sem terem sido alvos de pesquisas históricas.
Respostas
Resposta correta: Letra ( C )
Resposta:
Resposta correta: letra C
Explicação:
Para responder a pergunta, vamos analisar as alternativas:
A. Essa alternativa está incorreta. A crítica é dirigida às visões da História que privilegiam apenas aqueles que “realizaram feitos heroicos ou grandiosos”.
B. Igualmente incorreta. Para Brecht, a História deve se preocupar em em valorizar os trabalhadores e demais indivíduos que faziam parte das sociedades mencionadas.
C. Essa é a alternativa correta! A crítica de Brecht se dirige a visão histórica “elitista”, isto é, aquelas visões que privilegiam apenas os reis, os “césares”, os líderes e os governantes. Em outras palavras, Brecht faz uma crítica as visões da História que ressaltam os governantes das sociedades que construíram grandes monumentos, mas ocultam os trabalhadores que, de fato, ergueram esses monumentos (como a muralha da China, os arcos do triunfo de Roma, etc).
D. Igualmente incorreta, uma vez que a crítica não é dirigida a “dificuldade” de compreensão da ciência da História, mas sim a falta de representação dos trabalhadores nas visões elitistas da História.
E. A última alternativa está errada. A crítica não está na ausência de pesquisas históricas, mas a orientação dessas pesquisas. Ou seja, a crítica consiste na visão “elitista” da História, que excluem os trabalhadores da história dessas civilizações
Fonte AgoraVaiENEM2020