Leia a seguir um excerto de um sermão do Padre Antônio Vieira: O pregador há de ser como quem semeia, e não como quem ladrilha ou azuleja. Ordenado, mas como as estrelas. [...] Todas as estrelas estão por sua ordem, mas é ordem que faz influência, não é ordem que faça lavor[1]. Não fez Deus o céu um xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão um xadrez de palavras. Se de uma parte há-de estar branco, da outra há-de entrar negro; se de uma parte está dia, da outra há-de estar noite; se de uma parte dizem luz, da outra hão de dizer sombra; se de uma parte dizem desceu, da outra hão-de dizer subiu. Basta que não havemos de ver num sermão duas palavras em paz? Todas hão de estar sempre em fronteira com o seu contrário? Aprendamos do céu o estilo da disposição e também o das palavras.Vieira, Sermão da Sexagésima.[1] Lavor: ornamento. No trecho acima, a metáfora do “xadrez” é utilizada como um recurso para mostrar que:Escolha uma:a. o pregador deve utilizar a construção paralelística para evidenciar a simetria entre o céu e a terra.b. a arte barroca tem por objetivo mostrar a simetria entre o plano divino e o plano humano.c. o pregador não deve se preocupar exageradamente com a simetria do sermão.d. o pregador deve evitar o uso de repetições.
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C. o pregador não deve se preocupar exageradamente com a simetria do sermão.
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