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Querido aluno,
Apesar da desertificação na África não ser um problema novo, somente há pouco tempo foi possível ter uma dimensão real do problema, graças aos dados divulgados pela Convenção das Nações Unidas pela Luta contra a Desertificação.
De acordo com os dados, a desertificação na África já atinge mais de 2 bilhões de hectares, e há expectativa de piora desse quadro. É estimado que, até 2020, de 75 a 250 milhões de pessoas sofram devido à escassez de água e de alimentos, já que a produção agrícola deverá cair em até 50% em diversos países devido à falta de chuva.
Aliás, a queda na produção de alimentos já se tornou uma realidade em diversos países: na Namíbia, a produção agrícola de 2016 foi 46% abaixo da média dos últimos 16 anos, fazendo com que mais de 370 mil pessoas passassem fome.
Além da escassez de água, de alimentos e do risco de extinção de animais e diversas espécies de plantas, a desertificação na África tem impactos profundos nas sociedades presentes no continente, alguns deles já manifestos.
Para fazer com que todos os problemas, direta ou indiretamente relacionados à desertificação na África, sejam amenizados ou resolvidos, é necessário investimento em pesquisa de agricultura climaticamente inteligente e em sementes resistentes à seca. No entanto, a adoção de hábitos individuais que contribuem para diminuir o dano ao meio ambiente também são de grande auxílio no combate a esse grave problema.