• Matéria: Artes
  • Autor: querencatownj7q
  • Perguntado 8 anos atrás

Por que o Barroco de Sao Paulo e considerado pobre?

Respostas

respondido por: Maria1230400
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São Paulo, longe da sede do governo colonial, ficava isolado do litoral, dele separado pela serra. Sua população levava uma vida pobre e dura. A agricultura era de subsistência e a terra em si era pobre de nutrientes. Desta forma, era difícil plantar e ter uma boa colheita para melhorar um pouco as condições de vida de sua população.

As artes, portanto, não poderiam florescer em uma região tão inóspita para a sobrevivência. Desta forma, nem mesmo a pintura, que durante o Século XVIII, teve grande desenvolvimento no resto do país, floresceu em São Paulo. Contudo, com todas as adversidades, dois artistas conseguiram se destacar no cenário nacional: José Patrício da Silva Manso e Jesuíno Do Monte Carmelo. As origens desses artistas são pouco conhecidas. Tanto podem ter nascido no Estado de São Paulo como no Estado vizinho de Minas Gerais. O certo é que Silva Manso, em 1777, realizou as decorações da Igreja de São Bento, onde pintou quatro painéis sobre a vida de São Bento, todos desaparecidos. Em 1784, em São Paulo, trabalhou na Igreja da Ordem Terceira de São Francisco; em 1785, na Igreja da Ordem Terceira do Carmo. Fez pinturas para o convento dos Beneditinos, em Santos e no Rio de Janeiro. O estilo da sua pintura artística é tido como arcaizante, fiel à tradição colonial.

Jesuíno Francisco de Paula Gusmão (1764 - Santos/1819 - Itu), era pintor, músico e arquiteto e tomou o nome de Jesuíno do Monte Carmelo na Ordem Carmelita e trabalhou com Silva Manso na Igreja da Matriz. Em São Paulo, Jesuíno pintou o teto da nave da Igreja do Carmo e o teto da nave e mais 18 quadros para a Igreja da Ordem Terceira do Carmo e 10 quadros para o Convento de Santa Teresa. Jesuíno era um autodidata de visão ingênua, com pouca técnica e pouca noção de perspectiva. Mas é nesse conjunto que está o encantamento e sua importante contribuição para a pintura paulista do Século XVIII.

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