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A América Latina viveu como num
jogo de War do fim da Segunda Guerra até a década de 80. Para evitar
revoluções comunistas, os Estados Unidos apoiaram militares contra a
democracia em mais da metade das nações. Esses governos duraram pouco
mais que três décadas e marcaram para sempre o destino de países como o
Brasil.
1954 – Guatemala e Paraguai
A primeira intervenção direta dos Estados Unidos no continente
derruba Jacobo Arbenz, presidente da Guatemala. Em 11 de julho, o chefe
do Estado-Maior do Paraguai, general Alfredo Stroessner, comanda um
golpe contra o presidente Federico Chávez e assume o poder. Até o fim do
ano, 13 das 20 nações da América Latina são dominadas por militares
1962 – Argentina
Em fevereiro, militares argentinos depõem Arturo Frondizi, presidente
desde 1958. É apenas mais um golpe na Argentina, que teve depostos
todos os seus presidentes desde Perón, que assumiu em 1946, a Isabelita
Perón, em 1976
1964 – Brasil
Na madrugada de 31 de março, um golpe militar derruba o presidente
João Goulart. O governo não reagiu, assim como os grupos que lhe davam
apoio. Em 15 de abril, o general Humberto de Alencar Castelo Branco
assume a presidência
1968 – Peru
Uma junta militar liderada pelo general Juan Velasco Alvarado
instala-se no poder ao depor o líder Belaunde Terry. O primeiro ato de
Alvarado foi polêmico e surpreendente: ele nacionalizou a empresa
International Petroleum Company, que detinha a principal concessão de
exploração de óleo e que estava com impostos atrasados. O governo
Velasco foi a primeira ditadura do continente a promover uma reforma
agrária.
1973 – Uruguai e Chile
Em junho, é a vez do governo democrático do Uruguai, liderado pela
Frente Ampla, cair perante os militares. Em setembro, no Chile, uma ação
militar cerca o presidente comunista Salvador Allende, que se suicida.
Quem assume é o general Augusto Pinochet
1978 – República Dominicana
As ditaduras começam a perder prestígio a partir de 1977, com a
política de valorização dos direitos humanos do presidente americano
Jimmy Carter. Uma das primeiras a cair foi a da República Dominicana,
que teve início em 1965, com a invasão do país por 22 mil soldados da
Organização dos Estados Americanos
1979 – Nicarágua
Enquanto a maioria dos países do continente está tomada por
ditaduras, uma revolução popular provoca um golpe de esquerda na
Nicarágua. Os revolucionários conseguem chegar ao poder em julho,
depondo Anastasio Somoza, ditador desde 1967. O novo governo, de Daniel
Ortega, passa a enfrentar uma contra-revolução apoiada pelos Estados
Unidos
1982 – Bolívia
País campeão em quarteladas e contragolpes em todo o século 20, a
Bolívia teve dezenas de presidentes desde 1964, quando foi derrubado o
presidente de esquerda Paz Estenssoro (golpista e depois eleito
democraticamente), Ele voltou ao cargo em 1985, com a democratização do
país, mas enfrentou fortes crises econômicas e não estabilizou a
política
1985 – Brasil
O processo de abertura política brasileira já vinha acontecendo desde
1974, com o crescimento da oposição parlamentar. Em 1985, Tancredo
Neves, um não-militar da oposição, é eleito pelo Colégio Eleitoral – um
dos marcos do fim da ditadura
1990 – Chile
O começo do fim da última ditadura do continente foi em 1988, quando a
população disse não num plebiscito à proposta de o ditador Augusto
Pinochet seguir no poder até 1997. No ano seguinte, Patricio Aylwin,
candidato democrata-cristão da aliança com os socialistas, vence a
eleição presidencial. Ele assume em 1990, quando o Congresso é reaberto
1990
luanaspfc16ox02vy:
mais eu preciso que fale necessariamente da Bolívia!
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