• Matéria: História
  • Autor: mjgiovanna9906
  • Perguntado 8 anos atrás

Explique a expansão do comunismo no sudeste da asia

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respondido por: Amanda5240
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China e Sudeste Asiático têm diferenças de percepção quanto a questões de segurança regional atuais, em virtude de experiências históricas, que levam alguns países situados ao Sul da RPC a acreditarem que Pequim poderia voltar a desempenhar papel dominante na área de sua antiga influência político-cultural. Fortalecem-se, por outro lado, as semelhanças de percepção quanto à necessidade de preservar o Estado, como agente capaz de fomentar o desenvolvimento do sistema político, bem como garantidor das aspirações e interesses individuais e coletivos.A maioria dos países do Sudeste Asiático compartilha de passado que os inseriu, em maior ou menor escala, em esfera de influência de duas grandes civilizações: a chinesa e a indiana, que interagiram, através dos séculos, com culturas locais. O Budismo, o Islã, o Hinduismo e o Confucionismo deixaram, assim, marcas profundas que continuam a diferenciar ou aproximar pessoas.

A este mosáico de heranças culturais seculares, somou-se, mais recentemente, o colonialismo europeu que impôs, pela força, novos valores e normas de organização e comportamento. A partir do término da Segunda Grande Guerra, os Estados recém-independentes da região foram divididos, pela rivalidade ideológica das superpotências, entre os que serviriam como a vitrine da economia de mercado e os que seguiríam o sistema de planejamento centralmente planificado.

Com a multipolaridade resultante do término da Guerra Fria, ocorre o recuo das esferas de domínio de Washington e Moscou. Como conseqüência, no Sudeste Asiático, torna-se possível o ressurgimento de influências político-culturais antigas, como a chinesa. Hoje, quando se discutem os efeitos da presença avassaladora da cultura de massa, resultante da globalização, os países da área buscam, a nível regional, marcos de referência que permitam afirmar valores, idéias e crenças, consolidadas através de uma história compartilhada numa geografia determinada.

Tal processo é facilitado pela existência, ao Sul da China, de uma rede de indivíduos com origem étnica comum, chamados "chineses de ultramar", que têm como referência uma mesma identidade cultural.

Este estudo parte, portanto, da premissa de que existe, no Sudeste Asiático, a influência contemporânea de um conjunto de normas estabelecidas por tradição e processo histórico chineses, sobre o universo de valores que são fatores de agregação e mesmo de progresso em países vinculados historicamente ao Império do Centro.

Isto porque, até meados do século XIX, quando se iniciou a interferência européia no Extremo-Oriente, a China desempenhou papel político dominante, bem como foi o centro radiante de civilização no Sudeste Asiático, em virtude de seu desenvolvimento cultural e sofisticada capacidade de governança. Por isso, os países do Sudeste Asiático eram mais ou menos atraídos à esfera de influência chinesa, em busca de fonte de inspiração e legitimidade política. O Império chinês reciprocava, atribuindo vínculos especiais a seus vizinhos austrais.

Tais desenvolvimentos ocorriam sem que se procurasse o domínio econômico ou a conquista territorial dos Estados vizinhos, com o emprego da força – à exceção do Vietnã –, propiciando, no Sudeste Asiático, a percepção constante da existência de uma potência regional a ser levada em conta, mas não permanentemente temida.

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