Não me acusam, me insultam; não me combatem, caluniam; e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho.
Carta-testamento de Getúlio Vargas. Agosto de 1954.
Disponível em: Acesso em: 12/09/2015. (Adaptado)
O documento refere-se a um cenário assinalado pela
Escolha uma:
a. campanha trabalhista liderada por Carlos Lacerda.
b. renúncia presidencial em benefício da oposição.
c. vitória eleitoral da União Democrática Nacional.
d. articulação política dos grupos antigetulistas.
Respostas
O documento refere-se a um cenário assinalado pela:
d. articulação política dos grupos antigetulistas.
> O documento é um trecho da carta escrita por Vargas pouco tempo antes de cometer suicídio.
Nesse trecho, fica clara a atuação de grupos que eram contra Getúlio Vargas para a sua derrocada política.
O governo de Getúlio já vinha se desgastando a algum tempo por conta da sua política populista e nacionalista e tudo só piorou após o atentado contra Carlos Lacerda.
Tudo isso contribuiu para o suicídio de Vargas.
Resposta:
a) articulação política dos grupos antigetulistas.
Explicação:
A questão remete à carta-testamento elaborada por Getúlio Vargas pouco antes do suicídio, em 24 de agosto de 1954. Vargas foi eleito em 1950, em um cenário político bem diferente daquele do seu mandato anterior (1930-1945). O ambiente relativamente democrático do segundo mandato exigia mais habilidade política. De caráter populista e nacionalista, o governo Vargas foi se desgastando. A campanha nacionalista, que culminou na criação da Petrobras, o aumento de 100% no salário mínimo e a grande greve dos trabalhadores contribuíram para o desgaste político. A União Democrática Nacional (UDN), por sua vez, atuou desde seu nascimento contra o estilo populista-nacionalista de Vargas. O atentado contra Carlos Lacerda foi um fator relevante para a derrocada política do presidente. A articulação política dos grupos antigetulistas foi fundamental para o suicídio de Vargas.