Respostas
respondido por:
3
A chamada transição do feudalismo para o capitalismo (ou do sistema econômico feudal para o sistema econômico capitalista) começou no período da Baixa Idade Média, especificamente a partir do século XIV. Entretanto, a expressão “transição” supõe um processo de continuidade progressiva, como se não houvesse, nesse período, processos complexos de avanço e retrocesso econômico tanto no campo quanto na cidade medieval.
Esse tema da “passagem” ou “transição” da economia feudal para a capitalista foi (e ainda é) objeto de discussão entre várias correntes historiográficas. Dentro do campo marxista, autores como – além do próprio Marx – Maurice Dobb, Paul Sweezy e Ellen M. Wood estão entre os que mais debateram essa questão. Além dessa corrente, outros autores como Henri Pirenne, Max Weber, Ludwing Von Mises, Vilfredo Pareto, entre outros, também deixaram importantes contribuições a esse debate.
Mas o fato é que o sistema feudal entrou em profunda crise no século XIV em razão de fatores como a ascensão da burguesia nas cidades medievais, que passaram a ter uma intensa movimentação comercial nesse período; a crise no campo, as revoltas camponesas, a Peste Negra, entre outros. Essa crise forçou tanto os senhores feudais quanto os burgueses que estavam em ascensão a traçarem estratégias de desenvolvimento de suas estruturas econômicas.
Não se pode dizer, portanto, que as forças do capitalismo estavam em latência apenas nos comerciantes das cidades. Estavam elas também no campo, nos feudos, haja vista que o desenvolvimento comercial acabou favorecendo, em alguns casos, os senhores feudais. Não há uma causalidade direta que implique a passagem do feudalismo para o capitalismo centrada no renascimento comercial e urbano.
O declínio do feudalismo e a origem do capitalismo foram, em grande parte, dois fenômenos históricos independentes, apesar de se desenrolarem simultaneamente. Foi do campo que nasceram as bases materiais para a indústria, sobretudo no caso inglês, e, ao mesmo tempo, a experiência do comércio nas cidades criou a sofisticada relação de troca monetária, que foi a base do crédito e do sistema financeiro que se desenvolveu a posteriori.
A Revolução Inglesa do século XVII foi decisiva para o fomento das condições de aparecimento da industrialização. Com a indústria, o sistema capitalista passou a ser imperativo e complexo, gerando a divisão acentuada do trabalho nas cidades e o aumento do grande fluxo da massa de operários.
Portos, navios e aviões cargueiros, todo esse imenso sistema de transportes de produtos nasceu para comportar a complexidade do sistema capitalista
Toda a complexa rede industrial e comercial, a nível mundial, que vemos hoje, atrelada ao também complexo sistema financeiro – bancos, bolsas de valores etc. – é fruto desse processo de ascensão do sistema capitalista, que começou no século XIV.
Esse tema da “passagem” ou “transição” da economia feudal para a capitalista foi (e ainda é) objeto de discussão entre várias correntes historiográficas. Dentro do campo marxista, autores como – além do próprio Marx – Maurice Dobb, Paul Sweezy e Ellen M. Wood estão entre os que mais debateram essa questão. Além dessa corrente, outros autores como Henri Pirenne, Max Weber, Ludwing Von Mises, Vilfredo Pareto, entre outros, também deixaram importantes contribuições a esse debate.
Mas o fato é que o sistema feudal entrou em profunda crise no século XIV em razão de fatores como a ascensão da burguesia nas cidades medievais, que passaram a ter uma intensa movimentação comercial nesse período; a crise no campo, as revoltas camponesas, a Peste Negra, entre outros. Essa crise forçou tanto os senhores feudais quanto os burgueses que estavam em ascensão a traçarem estratégias de desenvolvimento de suas estruturas econômicas.
Não se pode dizer, portanto, que as forças do capitalismo estavam em latência apenas nos comerciantes das cidades. Estavam elas também no campo, nos feudos, haja vista que o desenvolvimento comercial acabou favorecendo, em alguns casos, os senhores feudais. Não há uma causalidade direta que implique a passagem do feudalismo para o capitalismo centrada no renascimento comercial e urbano.
O declínio do feudalismo e a origem do capitalismo foram, em grande parte, dois fenômenos históricos independentes, apesar de se desenrolarem simultaneamente. Foi do campo que nasceram as bases materiais para a indústria, sobretudo no caso inglês, e, ao mesmo tempo, a experiência do comércio nas cidades criou a sofisticada relação de troca monetária, que foi a base do crédito e do sistema financeiro que se desenvolveu a posteriori.
A Revolução Inglesa do século XVII foi decisiva para o fomento das condições de aparecimento da industrialização. Com a indústria, o sistema capitalista passou a ser imperativo e complexo, gerando a divisão acentuada do trabalho nas cidades e o aumento do grande fluxo da massa de operários.
Portos, navios e aviões cargueiros, todo esse imenso sistema de transportes de produtos nasceu para comportar a complexidade do sistema capitalista
Toda a complexa rede industrial e comercial, a nível mundial, que vemos hoje, atrelada ao também complexo sistema financeiro – bancos, bolsas de valores etc. – é fruto desse processo de ascensão do sistema capitalista, que começou no século XIV.
Perguntas similares
6 anos atrás
6 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás
9 anos atrás