• Matéria: Filosofia
  • Autor: noemiduda3
  • Perguntado 8 anos atrás

A consolidação do cristianismo como a religião predominante na Europa foi marcada por conflitos e a consolidação do poder católico sobre as demais correntes teológicas cristãs. A autoridade papal foi uma construção forjada em conjunto com a decadência romana e a invasão dos “bárbaros” na Europa. As cruzadas medievais e o combate aos muçulmanos fortaleceram ainda mais a unidade religiosa. Deram ao Papa o poder sobre a cristandade da Europa ocidental. Exercitaram o espírito de combate aos inimigos da fé cristã e promoveram a retomada do comércio. Aos poucos, a civilização ocidental se formava para cumprir o ato de conquista planetária. O pensamento cristão na Europa teve dois grandes pensadores, mas não únicos. A compreensão de um Universo criado por Deus e a sua determinação sobre a vida dos seres humanos foram as bases para o desenvolvimento da filosofia medieval. Sobre os pensadores cristãos e sua forma de compreensão da existência humana, leia as afirmativas que seguem: I. Santo Agostinho foi um dos pensadores da patrística, tempo da formação do cristianismo. Sua tese estabelecia a supremacia absoluta de Deus sobre o ser humano. Também faz parte de suas pregações à predestinação. Para ele, a nossa existência está traçada e o que vivemos é o cumprimento de uma determinação divina para nossas vidas. II. O pensamento cristão da submissão do ser humano a Deus e a predestinação da existência pela vontade divina inspiraram a compreensão da vida em boa parte da idade Média. A divisão da sociedade em estamentos, estabelecendo a nobreza e a plebe e sua permanência hereditária é fundada na lógica da filosofia cristã. III. O ser humano veio de Deus e volta a Deus. Esta afirmação é aceita por São Tomás de Aquino. Porém, ele considera, diferente de Santo Agostinho, a capacidade humana em determinar os acontecimentos de sua existência, ser responsável pelo seu destino. IV. O pensamento cristão desenvolveu-se a partir das teses socráticas. A dúvida deve ser sempre o ponto de partida daquele que acredita. Para Santo Anselmo, Deus existe mais no pagão do que no fiel. Segundo ele, temos que duvidar da existência divina para alcançarmos a salvação.

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respondido por: ampulheta
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I. Santo Agostinho foi um dos pensadores da patrística, tempo da formação do cristianismo. Sua tese estabelecia a supremacia absoluta de Deus sobre o ser humano. Também faz parte de suas pregações à predestinação. Para ele, a nossa existência está traçada e o que vivemos é o cumprimento de uma determinação divina para nossas vidas.
Falso. Embora Agostinho tenha relação com as teorias de predestinação desenvolvidas posteriormente, ele não afirmava em seu tempo de maneira explícita.

II. O pensamento cristão da submissão do ser humano a Deus e a predestinação da existência pela vontade divina inspiraram a compreensão da vida em boa parte da idade Média. A divisão da sociedade em estamentos, estabelecendo a nobreza e a plebe e sua permanência hereditária é fundada na lógica da filosofia cristã.
Falso. A divisão entre nobreza e plebe é anterior a existência do cristianismo e isso pode ser visto na sociedade romana, por exemplo.

III. O ser humano veio de Deus e volta a Deus. Esta afirmação é aceita por São Tomás de Aquino. Porém, ele considera, diferente de Santo Agostinho, a capacidade humana em determinar os acontecimentos de sua existência, ser responsável pelo seu destino.
Falso. Agostinho não era predestinacionista.

IV. O pensamento cristão desenvolveu-se a partir das teses socráticas. A dúvida deve ser sempre o ponto de partida daquele que acredita. Para Santo Anselmo, Deus existe mais no pagão do que no fiel. Segundo ele, temos que duvidar da existência divina para alcançarmos a salvação
Falso. Esse pensamento não consta na perspectiva de Anselmo, visto que não há negação da existência divina na filosofia dele.

abraços!
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