• Matéria: História
  • Autor: jessyka2619
  • Perguntado 8 anos atrás

Você já leu o texto de Katia Maria Abud ‘A história nossa de cada dia: saber escolar e saber acadêmico na sala de aula’, disponível no Saiba Mais. Portanto, já conheceu o Colégio Dom Pedro II criado em 1837. Sobre este a autora argumenta: “Os programas do Pedro II, que até 1931, foi a escola modelo brasileira, criaram uma tradição curricular que se mantém até hoje na maior parte das escolas brasileiras, de caráter público ou privado: a de se estabelecerem programas e planejamentos curriculares, nos quais até hoje, a chamada História Geral organizada de forma cronológica, ocupa espaço predominante. Introduziram também a discussão de um determinado conceito de identidade nacional, que ainda permeia, apesar das transformações, os textos da História ensinada. Manteve-se, nas reformas educacionais realizadas no século XX, uma concepção de história eurocêntrica que fundamenta a organização de conteúdos a serem ministrados nas escolas básicas, sobretudo a partir do segundo ciclo do ensino fundamental, ou seja, a partir da 5ª [6ª]série. Mas, manteve-se também a ideia de que cabe à História assegurar a formação dos cidadãos, unidos pelos laços da identidade nacional.” (ABUD, p.04).

Responda com suas palavras a questão que segue abaixo: Quais as implicações para o ensino de história dos usos da História Geral organizada segundo os critérios positivistas veiculados pelo Colégio Pedro II, citados anteriormente?

Respostas

respondido por: ampulheta
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Olá!

As implicações de uma história ensinada de maneira linear, organizada de forma cronológica, são diversas, podendo ser positivas ou negativas. Em primeiro lugar, as divisões de história geral (pré-história, história antiga, medieval, moderna, contemporânea), servem para facilitar a compreensão do mundo por conjuntos de anos, o que possibilita uma compreensão mais panorâmica. Por outro, esse formato parece favorecer interesses políticos de ordenamento da história, não só em termos mundiais (com uma defesa do eurocentrismo) mas também em suas especificidades locais (com a formação de uma identidade nacional). 

Neste segundo ponto, a educação pode deixar de ter seu caráter emancipador, e passar a fornecer material para a própria exploração do homem pelo homem.

abraços!
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