• Matéria: Português
  • Autor: Guilherme2211111
  • Perguntado 8 anos atrás

Contrapondo-se à visão "positiva" e equilibrada do pensamento científico, os simbolistas manifestam estados de dilaceração da alma e uma profunda "dor de existir". Justifique a presença desses sentimentos em 'Violões que choram...", tomando por base a última estrofe 

Respostas

respondido por: Kfranco23
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Essa é a última estrofe do soneto para analisarmos:

Que esses violões nevoentos e tristonhos 
São ilhas de degredo atroz, funéreo, 
Para onde vão, fatigadas no sonho, 
Almas que se abismaram no mistério. 

Percebemos nessa estrofe que os "violões" são personificados, refletindo o estado de espírito do eu lírico, que se encontra melancólico. Esse estado de espírito é universal, comum a qualquer homem. Daí o uso de palavras para expressar esse sentimento, como "nevoentos e tristonhos"; degredo atroz (afastamento cruel); funéreo (referente à morte).

Vemos ainda nessa mesma estrofe uma analogia desse sentimento de melancolia com o deserto, o isolamento: Que esses violões nevoentos e tristonhos / São [como] ilhas de degredo atroz, funéreo [...]. É o que expressa a "dor de existir".

Essa dor de existir é, então, reforçada pelos dois últimos versos: "Para onde vão, fatigadas no sonho, / Almas que se abismaram no mistério". 
 

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