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O conflito na Caxemira se refere à disputa territorial entre a Índia e o Paquistão (e entre a Índia e a China), pela Caxemira, a região localizada ao extremo noroeste do subcontinente indiano.
A Índia reivindica a totalidade do antigo estado principesco dogra de Jammu e Caxemira e atualmente administra cerca de 43% da região, incluindo a maior parte de Jammu, Caxemira, Ladakh (incluindo o glaciar de Siachen). A alegação da Índia é contestada pelo Paquistão, que controla cerca de 37% da Caxemira, principalmente a chamada Caxemira Livre (Azad Kashmir) e as regiões setentrionais de Gilgit e Baltistão. Além disso, a China controla 20% da Caxemira, incluindo Aksai Chin que ocupou na sequência da breve guerra sino-indiana de 1962 e da área do Trans-Caracórum, também conhecida como o vale de Shaksgam, que foi cedida pelo Paquistão em 1963.
A posição oficial da Índia é que Caxemira é uma "parte integrante" da Índia, enquanto a posição oficial do Paquistão é que a Caxemira é um território disputado cujo estatuto definitivo só pode ser determinado pelo povo da Caxemira. Alguns grupos caxemires alegam que a Caxemira deve ser independente da Índia e do Paquistão.
A Índia e o Paquistão se enfrentaram em três guerras pelo território da Caxemira em 1947, 1965, 1971, 1999 e 2001–2002. Índia e China se enfrentaram uma vez em 1962, pelo controle de Aksai Chin, bem como pelo nordeste do estado indiano de Arunachal Pradesh. A Índia e o Paquistão também se envolveram em diversas escaramuças no glaciar de Siachen. Desde a década de 1990, o estado indiano de Jammu e Caxemira tem sido afetado por confrontos entre caxemires separatistas, incluindo militantes que a Índia alega serem apoiadas pelo Paquistão e as Forças Armadas do Paquistão, o que causaram milhares de mortos.