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O continente Antártico é especial pelos mais diversificados motivos. Inicialmente levar-se-á em conta os fatores geográficos mais comuns referentes à Antártida. Foi um continente que derivou do Norte para o Sul nestes milhões de anos de evolução terrestre, saindo de uma região tropical. Por este motivo, já comportou florestas e animais. A existência disto foi comprovada por estudos geológicos da região que mostram excelentes reservas de carvão, petróleo e madeira petrificada. Além disto, há reservas de diversos minerais cuja quantificação excede muitas reservas exploradas em outras regiões do mundo. Metais como ferro, cobre e outros preciosos são abundantes. Por estas poucas características, a Antártida já se torna uma área de relativo interesse econômico. Contudo, estas não são características econômicas de fácil obtenção. Talvez por isso, e afirma-se que somente por isso, elas ainda não foram exploradas de fato. O clima e o tempo tornam impraticáveis economicamente tais atitudes.
Devido ao acúmulo constante de neve, o gelo que é formado registra o passado em sua composição química, permitindo o estudo de gases e temperatura da atmosfera por centenas de milhares de anos, e também os efeitos mais recentes da poluição atmosférica.
Geologicamente, até 140 milhões de anos atrás a Antártica estava na parte central do super-continente Gondwana, quando os continentes de hoje começaram a se deslocar na crosta terrestre até chegar à configuração presente. Suas condições eram então muito diferentes, conforme estabelecido pelos fósseis de animais e plantas de até 200 milhões de anos. No setor leste predomina um escudo continental e na oeste, onde está a Península, a origem é bem mais recente, coincidindo com a dos Andes na América do Sul.
Exceto pelas algas (umas 300 espécies) que se desenvolvem na neve e gelo, a flora terrestre antártica concentra-se nos 2% do continente que não são permanentemente recobertos por gelo. Devido às baixas temperaturas, quanto mais ao sul e maior a altitude, menor o número de espécies e plantas. Liquens (250 espécies) e Briófitas (130 espécies, sendo 100 de Musgos) são mais comuns; fungos também são encontrados, e gramíneas ocorrem nas ilhas sub-antárticas, mais ao norte, onde somente duas plantas com flores são conhecidas.
A vida na região depende fundamentalmente dos oceanos, onde a luz abundante no verão e a circulação das correntes marinhas favorecem o alto teor de nutrientes e o crescimento da alimentação primária, composta de fitoplâncton e zooplâncton; estes efeitos são notados em um cinturão de 35 milhões de km2, conhecido por “convergência antártica”. No centro da cadeia alimentar encontra-se o “krill” (Euphasia superba), nome genérico de um crustáceo (camarão) de poucos centímetros e algumas gramas que alimenta pingüins, focas, baleias, podendo mesmo servir de alimento a animais de criação após processamento industrial; para o Homem, seu teor de flúor tem de ser diminuído. Em peso seco, possui cerca de 50% de proteína e são ricos em vitaminas. Em alguns anos a captura comercial do krill excede 500 mil toneladas. Os peixes antárticos, de cerca de 150 espécies, são bastante peculiares como resultado da evolução em temperaturas muito baixas, e alguns possuem até substâncias anticongelantes no sangue. Em sua maioria, são pelágicos, de profundidade.
O continente é rico em recursos naturais, desde minérios com metais preciosos e raros até possivelmente petróleo. Entretanto, devido às questões de pretensão territorial de alguns países que nunca foram aceitas, e mais recentemente, pelas limitações impostas pelo Tratado Antártico, está proibida toda e qualquer atividade comercial, industrial, extrativista, e militar no continente. No ano de 2041, com a revisão do tratado, será redefinido o futuro deste santuário.
Devido ao acúmulo constante de neve, o gelo que é formado registra o passado em sua composição química, permitindo o estudo de gases e temperatura da atmosfera por centenas de milhares de anos, e também os efeitos mais recentes da poluição atmosférica.
Geologicamente, até 140 milhões de anos atrás a Antártica estava na parte central do super-continente Gondwana, quando os continentes de hoje começaram a se deslocar na crosta terrestre até chegar à configuração presente. Suas condições eram então muito diferentes, conforme estabelecido pelos fósseis de animais e plantas de até 200 milhões de anos. No setor leste predomina um escudo continental e na oeste, onde está a Península, a origem é bem mais recente, coincidindo com a dos Andes na América do Sul.
Exceto pelas algas (umas 300 espécies) que se desenvolvem na neve e gelo, a flora terrestre antártica concentra-se nos 2% do continente que não são permanentemente recobertos por gelo. Devido às baixas temperaturas, quanto mais ao sul e maior a altitude, menor o número de espécies e plantas. Liquens (250 espécies) e Briófitas (130 espécies, sendo 100 de Musgos) são mais comuns; fungos também são encontrados, e gramíneas ocorrem nas ilhas sub-antárticas, mais ao norte, onde somente duas plantas com flores são conhecidas.
A vida na região depende fundamentalmente dos oceanos, onde a luz abundante no verão e a circulação das correntes marinhas favorecem o alto teor de nutrientes e o crescimento da alimentação primária, composta de fitoplâncton e zooplâncton; estes efeitos são notados em um cinturão de 35 milhões de km2, conhecido por “convergência antártica”. No centro da cadeia alimentar encontra-se o “krill” (Euphasia superba), nome genérico de um crustáceo (camarão) de poucos centímetros e algumas gramas que alimenta pingüins, focas, baleias, podendo mesmo servir de alimento a animais de criação após processamento industrial; para o Homem, seu teor de flúor tem de ser diminuído. Em peso seco, possui cerca de 50% de proteína e são ricos em vitaminas. Em alguns anos a captura comercial do krill excede 500 mil toneladas. Os peixes antárticos, de cerca de 150 espécies, são bastante peculiares como resultado da evolução em temperaturas muito baixas, e alguns possuem até substâncias anticongelantes no sangue. Em sua maioria, são pelágicos, de profundidade.
O continente é rico em recursos naturais, desde minérios com metais preciosos e raros até possivelmente petróleo. Entretanto, devido às questões de pretensão territorial de alguns países que nunca foram aceitas, e mais recentemente, pelas limitações impostas pelo Tratado Antártico, está proibida toda e qualquer atividade comercial, industrial, extrativista, e militar no continente. No ano de 2041, com a revisão do tratado, será redefinido o futuro deste santuário.
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Temperaturas extremamente baixas e pouca incidência de sol.
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