Respostas
Os primeiros estudos e ensaios científicos do protocolo EDM, foram realizados no início da década de 90, no Brasil, através da versão do livro clássico publicado na década de 60 “Éducation psycho-motrice et arriération mentale” dos autores franceses “Louis Picq e Pierre Vayer”. Os autores apresentavam um perfil psicomotor para crianças de 2 aos 5 anos e 6 aos 11 anos, com provas de outros autores clássicos (Ozeretski-Guilmain, Mira Stambak, Harris, Galifret-Granjon, Berges-Lezine, etc.) nas áreas de coordenação dinâmica das mãos; coordenação dinâmica geral; equilíbrio; rapidez; organização do espaço; estruturação espaço-temporal; e lateralidade. Durante esse período o perfil psicomotor (modelo clássico) foi aplicado em várias crianças com dificuldades na aprendizagem matriculadas na rede pública e ensino particular. Tal citação bibliográfica não possibilitava trabalhos científicos sobre desenvolvimento infantil, pois faltavam subsídios e elementos para configurar uma bateria de provas motoras.
Tais dificuldades provocaram no autor ROSA NETO um espírito investigatório sobre os testes clássicos. Em 1991, foi concedida uma bolsa de pesquisa para realizar seus estudos de investigação na Espanha. A primeira versão modificada da escala motora foi apresentada na conclusão do curso de mestrado em deficiência mental, onde o autor ampliou o seu conhecimento sobre a aplicação dos testes motores no Hospital Universitário de Sevilha “Virgen Macarena”. Em 1996, a segunda versão foi apresentada na sua tese doutoral, Universidade de Zaragoza, pesquisa realizada no Hospital Universitário “Miguel Servet”. Paralelo a vivência clínica houve um estudo profundo sobre os autores clássicos, métodos e instrumentos de avaliação, método estatístico e pesquisa bibliográfica sobre o tema.
Ao retornar para o Brasil, o autor ampliou seus estudos sobre a aplicação prática dos testes motores em populações escolares, através dos cursos de graduação em Educação Física, Fisioterapia, Psicologia, Pedagogia, Fonoaudiologia e Medicina. De 1997 em diante foram mais 3000 avaliações motoras, possibilitando laboratórios (oficinas) de aprendizagem para acadêmicos, profissionais da Saúde e Educação, cursos de capacitação, participação em programas de especialização. Em 2002, foi publicado o “Manual de Avaliação Motora” pela editora ARTMED, com mais de 10.000 exemplares espalhados de Norte a Sul do Brasil.
Com a utilização do protocolo de avaliação motora “EDM” em vários trabalhos científicos em cursos de graduação de Psicologia, Educação Física, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educação Especial, Medicina, Fonoaudiologia, Pedagogia, programas de mestrado e doutorado, o autor organizou um site com a apresentação de trabalhos realizados e informações sobre o tema. Em 2011 foi publicado o livro sobre desenvolvimento neuropsicomotor que oferece informações detalhadas sobre o Desenvolvimento Infantil. Em março 2014 foi publicada a segunda edição do “Manual de Avaliação Motora”, DIOESC (Editora do governo do Estado de Santa Catarina).