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Os movimentos modernistas anteriores buscavam uma literatura nacionalista, daí os temas brasileiros (o folclore, o nativo, as paisagens, etc.). Esse cenário, no entanto, iria mudar. A partir de 1928, uma nova geração de poetas, cansados de tanto Saci-Pererês, Caiporas, Negrinhos do Pastoreio, etc., iniciam em nossa poesia, um novo movimento: O Movimento Espiritualista.
Desde 1927, circulava no Rio de Janeiro a Revista Festa, sob a direção de Tasso de Oliveira e Álvaro Pinto. Era a revista, um prolongamento do Simbolismo. Combatia as várias facções do Modernismo sob o pressuposto de constituir o único grupo autenticamente modernista. Entre seus colaboradores, nomes como Cecília Meireles, Tristão de Ataíde e outros.
Portanto, o centro do novo movimento não é mais São Paulo, e sim o Rio de Janeiro. Lá, em 1928, o poeta Augusto Frederico Schmidt (1906-1965) publica Canto do Brasileiro Augusto Frederico Schmidt, consumando definitivamente o movimento.
Não quero mais o amor,
Nem mais quero cantar a minha terra.
Me perco neste mundo.
Não quero mais o Brasil
Não quero mais geografia
Nem pitoresco.
Quero é perder-me no mundo
Para fugir do mundo.
(Schmidt, A. F. Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1956.)
Sobre o poema, Luis Agostinho Candore¹ comenta: "O poeta quer perder-se no mundo, quer assumir uma atitude universalista em contraposição à atitude nacionalista existente. Mas não se trata de uma aspiração supranacional que tentasse atingir a humanidade suprimindo a nação. Mais do que a humanidade o poeta quer alcançar o próprio homem, a sua alma, igual em todas as latitudes e em todas as épocas. Daí os temas: Amor, Morte, Solidão, Mistério, etc.".
Como exemplo da poesia espiritualista leia o poema A Ausente de Augusto Schmidt, clicando AQUI! Nele, encontrarás como tema a efemeridade do tempo, da vida, em direção à morte.
O movimento espiritualista tinha, portanto, como características conservar a herança Simbolista que enfatizada a tradição e o mistério; dar destaque aos temas universais; voltar-se para o interior do ser humano e afirmar os valores espirituais do homem.
Participaram desse movimento, nomes como: Jorge de Lima, Tasso da Silveira, Murilo Mendes, Alceu Amoroso de Lima, Adelino Magalhães, Cecília Meirelles, Murilo Araújo, e muitos outros.
Desde 1927, circulava no Rio de Janeiro a Revista Festa, sob a direção de Tasso de Oliveira e Álvaro Pinto. Era a revista, um prolongamento do Simbolismo. Combatia as várias facções do Modernismo sob o pressuposto de constituir o único grupo autenticamente modernista. Entre seus colaboradores, nomes como Cecília Meireles, Tristão de Ataíde e outros.
Portanto, o centro do novo movimento não é mais São Paulo, e sim o Rio de Janeiro. Lá, em 1928, o poeta Augusto Frederico Schmidt (1906-1965) publica Canto do Brasileiro Augusto Frederico Schmidt, consumando definitivamente o movimento.
Não quero mais o amor,
Nem mais quero cantar a minha terra.
Me perco neste mundo.
Não quero mais o Brasil
Não quero mais geografia
Nem pitoresco.
Quero é perder-me no mundo
Para fugir do mundo.
(Schmidt, A. F. Poesias Completas. Rio de Janeiro, José Olympio, 1956.)
Sobre o poema, Luis Agostinho Candore¹ comenta: "O poeta quer perder-se no mundo, quer assumir uma atitude universalista em contraposição à atitude nacionalista existente. Mas não se trata de uma aspiração supranacional que tentasse atingir a humanidade suprimindo a nação. Mais do que a humanidade o poeta quer alcançar o próprio homem, a sua alma, igual em todas as latitudes e em todas as épocas. Daí os temas: Amor, Morte, Solidão, Mistério, etc.".
Como exemplo da poesia espiritualista leia o poema A Ausente de Augusto Schmidt, clicando AQUI! Nele, encontrarás como tema a efemeridade do tempo, da vida, em direção à morte.
O movimento espiritualista tinha, portanto, como características conservar a herança Simbolista que enfatizada a tradição e o mistério; dar destaque aos temas universais; voltar-se para o interior do ser humano e afirmar os valores espirituais do homem.
Participaram desse movimento, nomes como: Jorge de Lima, Tasso da Silveira, Murilo Mendes, Alceu Amoroso de Lima, Adelino Magalhães, Cecília Meirelles, Murilo Araújo, e muitos outros.
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