BRASIL e a construção da identidade nacional
Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lulas entre facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido, por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, S.B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995.
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na
(A)
rigidez das normas jurídicas.
(B)
prevalência dos interesses privados.
(C)
solidez da organização Institucional.
(D)
legitimidade das ações burocráticas.
(E)
estabilidade das estruturas políticas.
Respostas
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B- prevalência dos interesses privados
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Esta é uma questão mais interpretativa. É usado como base um texto de um historiador que discorre sobre a política brasileira. Mais precisamente o autor faz uma crítica forte sobre a maneira de como as situações são decididas, de como as decisões são tomadas na política brasileira. Para o autor existe muito presente nas decisões a prevalência dos interesses privados, ou seja, os políticos brasileiros tomam decisões, propõe leis, fazem o que fazem sempre visando o interesse e benefício pessoal e não por um viés republicano. As alternativas A, C, D e E trazem apontamentos como se o autor elogiasse o sistema político brasileiro, mas é justamente o contrário que ocorre.
Alternativa B
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