Até a década de 1970, a saúde da mulher era tomada como objeto das políticas públicas de saúde apenas em sua dimensão procriativa, especialmente no que se refere aos cuidados voltados ao ciclo gravídico-puerperal, enfatizando-se a visão da mulher como mãe. A criação do PAISM, em 1983, foi resultado da convergência de interesses e concepções do movimento sanitário e do movimento feminista, irradiando-se dentro da rede de serviços de saúde como um novo pensar e agir sobre a questão da saúde da mulher. Representa um marco histórico nas políticas públicas, em que a integralidade passa a ser vista como resultado de uma atitude ética e técnica dos profissionais e de uma adequação da estrutura dos serviços de saúde.
O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher deveria refletir o conceito de assistência integral à saúde da mulher preconizado pelo Ministério da Saúde: ações de saúde dirigidas para o atendimento global das necessidades prioritárias desse grupo populacional e de aplicação ampla no sistema básico de assistência à saúde. O conceito de integral é ligado a uma ideia de assistência em saúde, e não de atenção; porém, é a questão da integralidade que coloca em articulação diferentes níveis de gestão (Federal, Estadual e Municipal), que hoje vemos mais definida no SUS.
Conforme suas bases doutrinárias, particularizar a atenção à saúde da mulher significava apenas um passo no sentido de aumentar a capacidade resolutiva da rede básica de serviços; seria “trabalhar dentro de uma nova óptica – a da assistência integral – de modo a contribuir para o desenvolvimento institucional do setor e para a reordenação do sistema de prestação de serviços de saúde como um todo”. O conceito de assistência integral proposto no documento envolvia a oferta de ações globalmente dirigidas ao atendimento de todas as necessidades em saúde do grupo em questão. Todo e qualquer contato que a mulher viesse a ter com os serviços de saúde deveria ser utilizado em benefício da promoção, proteção e recuperação de sua saúde.
MEDEIROS, P. F. GUARESCHI, N. M. F. Políticas públicas de saúde da mulher: a integralidade em questão. Estudos Feministas, Florianópolis, 17(1): 296, janeiro-abril/ 2009, p. 38-40. Disponível em: . Acesso em: 17 jul. 2017.
De acordo com o texto, o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) deve refletir o conceito de
Escolha uma:
a. Homeopatia no atendimento à mulher.
b. Racionalidade no atendimento à mulher.
c. Terapêutica no atendimento à mulher.
d. Irracionalidade no atendimento à mulher.
e. Integralidade no atendimento à mulher.
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Integralidade no atendimento à mulher.
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Integralidade no atendimento à mulher.
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