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As conexões entre população e o consumo de recursos naturais sempre foram muito claras e, mais que isso, sempre provocaram um tipo de associação simplista e fatalista segundo a qual, quanto maior a população, maior o consumo dos recursos e, conseqüentemente, maior a probabilidade de penúria, fome e miséria. Malthus é o grande nome desta linha de pensamento que defendia a idéia de que dado que a população cresce em progressão geométrica e a produção de alimentos somente em progressão aritmética, logo estaríamos fadados ao colapso social provocado pela inanição. A população planetária já passou dos seis bilhões de pessoas e, apesar de toda a desigualdade e injustiça sociais existentes no mundo, o colapso malthusiano ainda não ocorreu da maneira prevista. Todavia, apesar de a tão propalada “explosão demográfica” – tão temida na década de 1970 – nunca ter ocorrido, o ritmo de consumo dos recursos naturais disponíveis e, conseqüentemente, o ritmo de degradação ambiental, vêm se acelerando em todo mundo. Sendo assim, as perguntas a serem respondidas agora não mais se relacionam com o que devemos fazer para conter – ou lidar com – o crescimento explosivo da população e, sim, com o que podemos e devemos fazer para controlar o crescente consumo de recursos sem, com isso, comprometer a qualidade de vida e o bem estar da população e, ao mesmo, tempo, garantir que as gerações futuras terão acesso a estoques de recursos semelhantes aos que as atuais vêm usufruindo. O objetivo central desse artigo é apresentar, de maneira sintética e objetiva, algumas das principais questões relacionadas com o consumo e o bem-estar da população, buscando contribuir com a discussão a respeito de temas tão fundamentais para a vida contemporânea. Buscamos relacionar o debate internacional e a pequena produção brasileira neste campo, com o intuito de estimular pesquisa entre os estudiosos de população brasileiros.
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