Leia o texto a seguir, do poeta português Fernando Pessoa, e depois faça o que se pede.Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: “Navegar é preciso; viver não é preciso”.Quero para mim o espírito [d]esta frase, transformada a forma para a casar com o que eu sou: viver nãoé necessário; o que é necessário é criar.Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para issotenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.Só quero torná-la de toda a humanidade, ainda que para isso tenha de a perder como minha [...].(PESSOA, Fernando. Nota solta, (s.d.), manuscrita a tinta pelo próprio poeta. Foi publicadapela primeira vez em 1960, na primeira edição de Obra poética. In: Obra poética.Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005. p. 2. (Biblioteca Luso-brasileira, Série Portuguesa.)a) Desenvolva as ideias que a frase “Navegar é preciso; viver não é preciso” pode inspirar, no contexto doperíodo das Navegações.b) Transformada pelo poeta, a frase ficou assim: “Viver não é necessário; o que é necessário é criar”. Ela-bore uma nova frase, a partir dessas duas.
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a) Há duas ideias que podem ser depreendidas dessa frase. Primeiro, que navegar, com todos os aparatos de medição, é uma arte precisa, de coordenadas exatas, e viver já traz uma série de imprevisibilidades. A outra leitura é a de que navegar supera em importância o marasmo de se viver em terra firme.
b) Enquanto viver não é preciso, o necessário é navegar.
b) Enquanto viver não é preciso, o necessário é navegar.
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